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Cidades/Geral
Quinta - 18 de Julho de 2013 às 16:20
Por: Pollyana Araújo

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Um montante de R$ 172 mil que seria depositado nas contas bancárias de servidores estaduais aposentados e pensionistas foi bloqueado após a Auditoria-Geral do Estado (AGE) identificar que essas pessoas já tinham morrido. A quantia era referente aos salários de 69 servidores e pensionistas que faleceram de outubro do ano passado até junho deste ano, de acordo com o auditor-geral José Alves Pereira. No ano passado, foram identificados outros 236 servidores que, apesar de já estarem mortos, continuam recebendo salário.


 
A irregularidade foi descoberta durante cruzamento de dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e do Sistema de Informações de Óbito (Sisobi), do Ministério da Previdência Social. Foram verificados os nomes dos servidores que constavam na folha de pagamento de junho, elaborada pela Secretaria de Administração do Estado (SAD) e que já estava a caminho do banco para que fossem efetuados os depósitos dos salários. "Informamos ao banco e à Secretaria de Fazenda (Sefaz) para que esses valores não fossem creditados nas contas", disse o auditor.


 
Em outubro do ano passado, a Auditoria divulgou levantamento referente aos anos de 2005 e 2012 e desde então, segundo José Alves, o órgão vem fazendo essa análise com mais frequência, a cada dois meses pelo menos. "O problema maior é as famílias não informam a SAD sobre a morte desses aposentados e pensionistas", comentou. Segundo ele, o banco de dados da Secretaria Estadual de Saúde consiste nas informações repassadas pelos hospitais acerca das mortes nas unidades.


 
Agora, a AGE deve averiguar se outros valores já haviam sido sacados depositados das contas por terceiros.  "Provavelmente essas pessoas morreram há pouco tempo, com certeza depois de outubro", disse. O governo do estado possui aproximadamente 34 mil aposentados e pensionistas.


 
Durante o levantamento, foi identificado ainda que uma servidora que estava na ativa estava sendo dada como morta pelo sistema de óbitos. "Foi emitida uma certidão de óbito no nome dela, mas ela está viva e descobrimos ao analisar a situação de cada servidor dado como morto pelo sistema", contou o auditor-geral. Segundo ele, essa servidora é professora e atua em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá. Inclusive a servidora ingressou com uma ação contra terceiros por fraudar essa certidão de óbito.


 
No início deste mês, a SAD começou a fazer recadastramento dos mais de 45 mil servidores estaduais. A medida visa evitar falhas na folha de pagamento. O último recadastramento tinha sido feito há cinco anos e agora deve ser realizado anualmente. Todos os servidores, tanto efetivos quanto comissionados, são obrigados a fazer o recadastramento.




Fonte: Do G1 MT

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