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Agronegócios
Quarta - 06 de Janeiro de 2010 às 13:25
Por: Rosana Persona

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A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) lançará em fevereiro, o boletim informativo com resultados das Unidades de Observação (UO) de trigo de sequeiro e Unidades Demonstrativas (UD) de trigo irrigado, referente ao período de 2009, no Estado de Mato Grosso.

Foram testados oito materiais genéticos para o trigo de sequeiro nos municípios de Alto Taquari, Campo Verde e Tangará da Serra; e onze para o irrigado em Primavera do Leste, Lucas do Rio Verde e Sorriso. As unidades foram implantadas em propriedades com altitudes que variam de 300 a 700 metros acima do nível do mar.

O extensionista da Empaer, Hortêncio Paro, pesquisadora da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), Leimi Kobayasti e representantes da Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat) participaram da elaboração do boletim informativo. Paro destaca que as variedades Marfim, Quartzo e Valente foram testadas pela primeira vez no Estado e mostraram bom potencial. As variedades serão plantadas nas próximas safras.

Em Primavera do Leste, na propriedade do Sr. Moacir Tomazetti, localizada a uma altitude de 600 metros, foram testadas 11 variedades para trigo irrigado. A variedade Supera atingiu uma produtividade de 89,3 sacas por hectare e a Quartzo chegou 87,8 sacas por hectare. Em Mato Grosso existem mais de 300 equipamentos de irrigação, numa área de aproximadamente 40 mil hectares. “Embaixo dos pivôs estão proibidos o cultivo da soja no período do vazio sanitário, o trigo seria uma opção para quebra do ciclo da ferrugem asiática, doença branca e a redução da população do nematóide galha”, Paro ressalta.

Conforme Hortêncio, as variedades testadas foram: BRS 208, Brilhante, IAC 350, BR 18, BRS 254, BRS 264, no sequeiro e no irrigado as variedades Supera, Guamirim, Mirante, Brilhante, Marfim, Quartzo, Valente, IAC 350, BR 18, BRS 254, BRS 264. “Acreditamos que o cultivo do trigo irrigado na região de Primavera do Leste, Lucas do Rio Verde e Sorriso é uma excelente alternativa para rotação de culturas e obtenção de uma renda adicional. E ainda, evita a ociosidade das máquinas e equipamentos agrícolas além de garantir emprego e renda na região”, comenta.

Segundo Paro, a meta do Protrigo é fazer com que a cultura tenha sustentabilidade no Estado. E com o funcionamento do moinho de trigo, instalado no distrito industrial em Cuiabá, o produtor terá a opção de comercializar o grão do trigo dentro do Estado sem a cobrança do Imposto de Circulação, Mercadoria e Serviços (ICMS). “Com o preço mínimo de R$ 37,00 o saco de trigo para produção de pão, as produtividades acima de 70 sacas por hectare, é considerada viável economicamente. O trigo irrigado de Mato Grosso tem qualidade comercial comparado aos melhores trigos importados pelo Brasil”, conclui Hortêncio.






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