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Cidades/Geral
Quarta - 06 de Janeiro de 2010 às 07:55
Por: Raquel Ferreira

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A menina Meirian de Jesus, 12, morreu ao ingerir vários medicamentos porque pretendia dormir e não conseguia. Ela já havia tomado remédios sem indicação médica para a mesma finalidade. O caso foi tratado pelos médicos e pelo Instituto Médico Legal (IML) como suicídio, porém a mãe da criança, Rosimeire Jesus da Conceição Teixeira, 42, descarta a hipótese e alega que a filha não tinha razões para se matar. Meirian era tida como uma menina alegre, animada e bastante peralta.

A família denuncia que a criança foi levada ao Pronto-Socorro de Várzea Grande, onde não recebeu atendimento médico adequado. "Reclamei que minha filha não reagia e a médica respondeu que ela dormiria por 2 dias, devido aos remédios. A médica me disse que ela tinha tentado se matar, tomando os remédios para dormir, mas não é isso. Ninguém deu a mínima para ela, fui eu que percebi que a menina estava roxa e sem pulso. Quando falei para a médica ela ainda respondeu que quem não tem pulso é porque já está morto".

Meiriam tomou tranquilizantes e medicamentos para gastrite, que eram usados pela mãe para tratar depressão, pressão alta e problemas estomacais. A ingestão ocorreu na noite de domingo (3) e na manhã do dia seguinte, ela contou a Rosimeire que estava se sentindo muito mal. "Ela falou pra mim que não tinha a intenção de passar mal, queria apenas dormir porque não tinha ninguém acordado".

A mãe afirma que a menina não sabia ler direito e deve ter tomado os remédios para estômago enganado, pensando que eram os tranquilizantes. Segundo Rosimeire, Meirian ouviu uma tia comentar que os tranquilizantes seriam bom para dormir. "Eu estou com dengue e minha irmã falou pra eu tomar os remédios para poder descansar. Minha filha ouviu".

Em casa, a menina tomou leite para "cortar" o efeito dos remédios, sem sucesso. Rosimeire conta que fez o mesmo procedimento realizado na outra ocasião em que a filha tomou os medicamentos, mas dessa vez não funcionou. Como a família não tem carro, um amigo levou a criança para o pronto-socorro, onde ela passou por lavagem estomacal, mas não reagiu e continuou dormindo. O óbito ocorreu às 15h, conforme a mãe. "Eu pedi ajuda dentro do hospital, mas ninguém se importou com a minha filha. Ela morreu lá dentro e ninguém nem percebeu. Ela era minha filha caçula, única menina de 5 filhos".

Outro lado - A reportagem tentou falar com o diretor do pronto-socorro, Glen Arruda, pelo celular, mas as ligações não foram atendidas.





Fonte: A Gazeta

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