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Apenas em sete Estados abastecer com álcool ainda é mais vantajoso
Etanol já perde da gasolina em 20 Estados
Com a escalada dos preços do etanol nas bombas de combustível nos últimos meses, já é mais vantajoso abastecer o carro flex com gasolina em 20 Estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal. Apenas em sete Estados vale a pena usar o etanol: São Paulo, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco e Tocantins.
Segundo especialistas, rodar com etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do litro do combustível exceder 70% o da gasolina. Pesquisa divulgada ontem pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que, entre os dias 27 de dezembro e 2 de janeiro, a relação entre o preço médio do etanol e o da gasolina superava os 70% em 20 unidades da Federação.
O número dobrou desde o fim de outubro, quando o etanol não era competitivo com a gasolina em dez Estados. De acordo com a ANP, o valor mais alto cobrado do consumidor é de R$ 2,158 o litro, na média dos preços de 26 postos pesquisados em Roraima. O valor corresponde a 80% do preço médio do litro da gasolina, de R$ 2,695.
Na maioria dos Estados onde ainda é mais vantajoso abastecer o carro com etanol, o preço está perto do limite. Em São Paulo, maior produtor de álcool do País, e também o maior centro consumidor, os postos cobram em média R$ 1,670 por litro do etanol e R$ 2,432 pela gasolina, uma relação de 76,8%.
"Em São Paulo, nos postos que trabalham com produto honesto hoje não é mais interessante para o cliente abastecer com álcool o carro flex", diz o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia.
Segundo ele, o consumidor ainda encontra álcool barato no mercado porque "há postos desonestos". "Mas é aquele álcool que o cara usa comprando sem pagar imposto, misturando mais água do que deve, entre outras maracutaias."
Para Gouveia, a alternativa mais viável para conter a alta dos preços seria o consumidor exercer seu direito de deixar de usar o produto. "Se cai o consumo, o preço também cai."
QUANDO É MAIS VANTAJOSO
Para fazer a escolha mais econômica, a conta é simples: basta multiplicar o preço da gasolina por 0,7. Se o resultado for menor do que o valor do litro do álcool, sai mais barato abastecer com gasolina.
No mercado, a principal explicação para a disparada dos preços seria o aumento da produção de açúcar para exportação, em detrimento do álcool. Desde julho, os preços subiram cerca de 30%.
A quebra da safra na Índia, segundo maior produtor mundial, desencadeou uma disparada dos preços no mercado internacional, incentivando produtores brasileiros a ampliar a produção de açúcar. "Contribuiu, mas não foi o principal", diz o representante da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única) em Ribeirão Preto (SP), Sérgio Prado. Para ele, a alta foi puxada pelo aumento do consumo. Além disso, as usinas deixaram de produzir 1,8 bilhão de litros, equivalente a mais de um mês de consumo nacional (1,4 bilhão de litros) por causa de problemas na colheita relativos ao excesso de chuvas.
Segundo especialistas, rodar com etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do litro do combustível exceder 70% o da gasolina. Pesquisa divulgada ontem pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que, entre os dias 27 de dezembro e 2 de janeiro, a relação entre o preço médio do etanol e o da gasolina superava os 70% em 20 unidades da Federação.
O número dobrou desde o fim de outubro, quando o etanol não era competitivo com a gasolina em dez Estados. De acordo com a ANP, o valor mais alto cobrado do consumidor é de R$ 2,158 o litro, na média dos preços de 26 postos pesquisados em Roraima. O valor corresponde a 80% do preço médio do litro da gasolina, de R$ 2,695.
Na maioria dos Estados onde ainda é mais vantajoso abastecer o carro com etanol, o preço está perto do limite. Em São Paulo, maior produtor de álcool do País, e também o maior centro consumidor, os postos cobram em média R$ 1,670 por litro do etanol e R$ 2,432 pela gasolina, uma relação de 76,8%.
"Em São Paulo, nos postos que trabalham com produto honesto hoje não é mais interessante para o cliente abastecer com álcool o carro flex", diz o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia.
Segundo ele, o consumidor ainda encontra álcool barato no mercado porque "há postos desonestos". "Mas é aquele álcool que o cara usa comprando sem pagar imposto, misturando mais água do que deve, entre outras maracutaias."
Para Gouveia, a alternativa mais viável para conter a alta dos preços seria o consumidor exercer seu direito de deixar de usar o produto. "Se cai o consumo, o preço também cai."
QUANDO É MAIS VANTAJOSO
Para fazer a escolha mais econômica, a conta é simples: basta multiplicar o preço da gasolina por 0,7. Se o resultado for menor do que o valor do litro do álcool, sai mais barato abastecer com gasolina.
No mercado, a principal explicação para a disparada dos preços seria o aumento da produção de açúcar para exportação, em detrimento do álcool. Desde julho, os preços subiram cerca de 30%.
A quebra da safra na Índia, segundo maior produtor mundial, desencadeou uma disparada dos preços no mercado internacional, incentivando produtores brasileiros a ampliar a produção de açúcar. "Contribuiu, mas não foi o principal", diz o representante da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única) em Ribeirão Preto (SP), Sérgio Prado. Para ele, a alta foi puxada pelo aumento do consumo. Além disso, as usinas deixaram de produzir 1,8 bilhão de litros, equivalente a mais de um mês de consumo nacional (1,4 bilhão de litros) por causa de problemas na colheita relativos ao excesso de chuvas.
Fonte:
Estadão
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/146906/visualizar/
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