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Economia
Quarta - 06 de Janeiro de 2010 às 01:20
Por: Vívian Lessa

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Em alguns postos, o litro está sendo comercializado por até R$ 1,79, ante os R$ 1,58 registrados na semana anterior
Em alguns postos, o litro está sendo comercializado por até R$ 1,79, ante os R$ 1,58 registrados na semana anterior

O preço do álcool aumentou 13,2% nesse início de ano. Em alguns postos de combustíveis de Cuiabá e Várzea Grande, o litro do etanol já é vendido a R$ 1,79, enquanto na semana anterior custava em média R$ 1,58 (litro), conforme o levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Essa diferença de valores, segundo representantes do setor, é provocada pelo repasse da alta do produto comercializado pelas distribuidoras. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso (Sindipetróleo), Fernando Chaparro, explica que enquanto os revendedores compravam o álcool por uma média de R$ 1,36 nas distribuidoras, na última semana do mês passado, o produto começou a ser vendido em torno de R$ 1,42.

Nesse caso, a alta é de 4% no preço do produto para os proprietários de postos de combustível do Estado. Chaparro acredita que o reajuste ficará entre R$ 1,67 e R$ 1,65. Ele acrescenta que a maioria dos postos ainda não está praticando os novos valores porque ainda conta com o estoque do produto. O gerente da rede Postos América, Antônio Carlos de Abreu, diz que está revendendo o álcool a R$ 1,79 desde o dia 30 de dezembro de 2009, logo depois que as distribuidoras reajustaram o preço do combustível.

Segundo ele, outro grande empecilho para o setor é falta de produto no mercado. "Outros Estados já sentiram a escassez do álcool, e Mato Grosso corre também esse risco", diz o gerente que acrescente ser esse mais um motivo para elevar o preço do produto na bomba. Para ele, essas condições podem fazer com que o combustível deixe de ser vantajoso no Estado.

Sobre os problemas de abastecimento do etanol em algumas unidades da federação, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse nesta terça-feira (5) que o mercado deve levar de 90 a 120 dias para ser normalizado. Stephanes explicou que o problema foi causado pelo excesso de chuvas no período de colheita, que obrigou os produtores a deixar mais de 60 milhões de toneladas de cana sem cortar. Para reverter a situação, ele informou que 60 usinas estão moendo cana, mesmo em período de entressafra, e que 160 anteciparão para março, a moagem que normalmente começa em abril.

O ministro descartou que a escassez de etanol tenha alguma relação com os preços recordes de açúcar registrados no mercado internacional. (Com Agência Brasil)





Fonte: A Gazeta

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