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Policia MT
Quarta - 06 de Janeiro de 2010 às 00:56
Por: Carlos Martins

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Canarana News e Água Boa News
Quadrilha assalta BB e faz 9 reféns em Canarana
Quadrilha assalta BB e faz 9 reféns em Canarana

Sete homens armados com fuzis assaltaram a agência do Banco do Brasil em Canarana (823 km a Leste de Cuiabá). Depois de roubarem os caixas eletrônicos e o cofre, os ladrões fugiram numa caminhonete Toyota Hilux e num carro Corolla com dois sacos cheios de dinheiro. Nove clientes foram levados como reféns. A 20 quilômetros da cidade, reféns foram liberados e o automóvel foi atravessado em cima da ponte sobre o rio 7 de Setembro e incendiado. A quadrilha seguiu em direção ao vilarejo Coluene, perto do rio homônimo. Equipes do Bope, Goe e da Gerência de Repressão à Sequestro e Investigações Especiais partiram de Cuiabá para tentar prender os ladrões.

Os assaltantes chegaram por volta das 14h30 de ontem, pouco tempos depois que um carro forte abasteceu os caixas eletrônicos da agência, localizada na avenida Paraná, centro da cidade. Ontem foi dia de pagamento dos servidores públicos do Estado. Depois de atirarem na porta do banco, os assaltantes entraram e fizeram clientes como reféns. Os ladrões ficaram quase uma hora dentro da agência, porque os funcionários do banco não achavam a chave do cofre. O gerente da agência estava viajando.

Um dos reféns, que conversou por telefone com a reportagem, disse que estava na fila do caixa eletrônico quando percebeu do lado de fora a chegada dos homens numa caminhonete Toyota Hilux, cor verde, que fora roubada de um fazendeiro momentos antes do assalto. Antes, eles haviam tentado tirar uma Hilux de outro fazendeiro, mas não conseguiram. "Eles deram um tiro na porta e eu gritei que era um assalto. Depois me joguei no chão. Pedi a Deus para eles não matarem ninguém. Eu tinha medo de levar um tiro",contou.

Os clientes que estavam na fila dos caixas eletrônicos foram levados para fora da agência e usados como escudos. Todos eles usavam capuzes e pelo menos dois deles tinham olhos claros segundo relatos de testemunhas. Pelo sotaque, eles eram de outros estados, provavelmente do Ceará e de São Paulo

"Em frente a agência, cerca de 20 pessoas foram usadas como escudos. Eles davam tiros para o alto para intimidar. Quatro homens ficaram com os reféns e três entraram na agência", disse o refém, que tem 31 anos. Dentro da agência, os ladrões ficaram nervosos porque os funcionários demoraram para achar a chave do cofre. Em alguns momentos eles ameaçaram matar reféns se a chave não fosse localizada. Esse imprevisto atrasou o assalto por pelo menos 40 minutos.

Segundo a testemunha do assalto, policiais não foram avistados durante a operação, talvez para não por em risco a segurança dos reféns. Um dos ladrões pediu para um cliente ir até o porta-malas do Corolla para apanhar dois sacos (utilizado para acondicionar sal mineral) onde o dinheiro foi colocado. "Encheram até a boca", disse o refém.

Na fuga, os nove reféns foram colocados no Corolla e na Toyota (cabine dupla). "Dois ladrões foram juntos na carroceria da caminhonete. Eu estava sentado em cima de um saco de dinheiro", relatou o refém. Os veículos seguiram pela MT-020, sentido Paranatinga. Depois de 20 quilômetros, os carros chegaram até a ponte sobre o Rio 7 Setembro, onde os reféns foram liberados e o Corolla incendiado. A partir daí, os ladrões tomaram de assalto outra caminhonete (possivelmente uma S-10) e fugiram em direção ao vilarejo Coluene.

"Tinha lá perto um trator, e com um cabo de aço o Corolla foi puxado de cima da ponte. Em seguida quatro viaturas da polícia passaram em velocidade perseguindo os assaltantes", disse o refém ouvido pela reportagem.

"Para mim, eles eram profissionais. Durante o trajeto, eles disseram que iriam queimar o carro e que não machucariam ninguém. Disseram que só queriam o dinheiro, porque tinha seguro. Um dos ladrões tirou um colar de uma funcionária. Ele disse que ia dar para a esposa", revelou. Moradores da cidade foram até o local e levaram de volta os reféns.

De volta à cidade, os reféns foram levados para a agência do Banco do Brasil, onde receberam toda a assistência, contando com médicos e psicólogos. As pessoas que foram usados como escudos e levadas como reféns serão ouvidas pela polícia para ajudar nas investigações.

O banco não revelou a quantidade de dinheiro levada da agência.





Fonte: A Gazeta

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