Ferrugem asiática aumenta e Mato Grosso registra 76 focos na safra
A quantidade de ferrugem asiática nas lavouras de soja de Mato Grosso já soma 76 focos na safra 2009/2010, contabilizados entre o início do Projeto Antiferrugem, em novembro do ano passado até esta terça-feira (5). A Associação de Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja) confirmou que a incidência é bem maior este ano em relação aos três casos registrados na safra anterior (2008-2009), o que representa o aumento da doença no estado em mais de 2.000%.
Nos últimos três meses foram 1.882 amostras analisadas pelo projeto, enquanto que no mesmo período de 2009 a análise foi de 985 amostras. Os dados revelam que a região Sul de Mato Grosso é a que possui o maior número de casos com 59 focos, sendo 16 somente no município de Itiquira, localizado a 357 quilômetros de Cuiabá.
Com dados tão alarmantes, a associação alerta os produtores para intensificarem o monitoramento das lavouras e que diante de qualquer suspeita devem coletar amostras da soja e encaminhar a um dos 18 minilaboratórios da entidade para serem analisadas.
O presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, afirma que o motivo que tem favorecido o aparecimento da doença são as constantes chuvas. “A abundância de chuvas é o fator de maior peso na safra atual para o aparecimento da ferrugem na maioria das regiões produtoras”.
Ele ressalta ainda que a incidência da doença poderá aumentar se as chuvas continuarem intensas no mês de em janeiro. Outra questão se refere à colheita, já que esta etapa propicia a dispersão do fungo pelo ar, facilitando a propagação da praga nas lavouras saudáveis. “Por isso não pode haver falhas no monitoramento nem nas aplicações de fungicidas, que devem ser feitas no momento certo e nas quantidades indicadas por técnicos”.
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