No 2º mandato de governador, Maggi quer saber se teria legitimidade para concorrer ao Paiaguás, agora como vice de Silval.
Maggi consulta TSE para ser vice de Silval
Essa iniciativa de Maggi deixou o grupo de Silval empolgado. Por enquanto, o governador mantem a disposição de renunciar ao mandato em 31 de janeiro para disputar cadeira de senador, mas abre-se, a partir de agora, uma nova discussão nos bastidores, que seria do governador entrar como vice, o que provocaria nova reviravolta no cenário político. O nome da primeira-dama Terezinha Maggi, secretária de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social, também é cogitado para vice. Ela adiantou que, se houver consenso, aceita concorrer ao posto de vice. O casal Maggi está em Balneário de Camboriú (SC), em curto período de férias. Reassume o Paiaguás a partir do dia 10. Tanto Maggi quanto Terezinha são filiados ao PR, maior legenda do Estado com 33 prefeitos, 17 vice, 228 vereadores, 5 deputados estaduais e 2 federais, além de ocupar a cadeira de governador.
A entrada de Maggi ou de Terezinha como vice seria o "combustível" que Silval espera para dar uma arrancada em sua pré-candidatura. Por enquanto, ele figura em desvantagem nas pesquisas de intenção de voto para o prefeito cuiabano Wilson Santos (PSDB). Também estão no páreo na corrida à sucessão estadual o senador Jayme Campos (DEM), que já fechou acordo com Wilson para um apoiar o outro, e o empresário Mauro Mendes (PSB).
Essa história de Maggi, no comando do Estado desde janeiro de 2003, ser candidato a vice-governador, por mais que esteja no campo das conjecturas, abre discussão sobre sua permanência no poder. Acontece que, em caso de eleição de Silval com Maggi de vice, o hoje governador poderia vir a concorrer, de novo, ao Paiaguás em 2014, desde que, seis meses antes, se afaste do cargo. Com essas manobras, Maggi ficaria na condução do Estado, ora como governador, ora como vice, nada menos que 16 anos. Detalhe: precisa combinar isso com o eleitor. Sob a égide do instituto da reeleição, Maggi é o segundo governador mato-grossense a exercer dois mandatos consecutivos. O primeiro foi Dante de Oliveira (já falecido), que se elegeu em 1998 e garantiu a recondução ao cargo em 1998.
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