Secretário de Cultura deixa staff e critica o governo
Único cuiabano do staff do governo Blairo Maggi, que no início de seu primeiro mandato em 2003 era visto como avesso à população da Capital do Estado, o secretário de Cultura, Paulo Pitaluga Costa e Silva, estaria demissionário da função, descontente pelo tratamento que recebe do próprio governo em relação à sua pasta que efetivamente tem promovido mais a liberação de autorização para captação de incentivos fiscais do que propriamente executado ações voltadas para a difusão dos valores culturais mato-grossenses como a primeira feira do Índio, recém realizada.
Aos amigos próximos, Paulo Pitaluga teria reclamado da falta de apoio e do descaso para com as coisas da Cultura mato-grossense, não deixando de lembrar as dificuldades na apreciação e aprovação dos projetos culturais para captação de incentivos fiscais.
Outra reclamação de Paulo Pitaluga, que foi procurado por telefone mas não retornou as ligações de A Gazeta, é quanto a sede do antigo Moitará Sebrae Center, em frente ao Shopping Center Goiabeiras, centro de Cuiabá, que iria abrigar um museu, mas por decisão governamental, passará por reforma e posteriormente será ocupada pela Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal (Agecopa).
A presença de Pitaluga no governo Blairo Maggi sempre esteve ligada ao hoje diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, que nos cargos de secretário de Infraestrutura, Casa Civil e Educação, sempre o teve como assessor direto. Indicado por Pagot para assumir a Secretaria de Cultura, Paulo Pitaluga assumiu em 28 de fevereiro de 2008, estando, portanto, perto de completar dois anos de gestão.
Paulo Pitaluga Costa e Silva já ocupou outras funções públicas de peso político como a Secretaria de Fazenda de Mato Grosso e presidência do extinto Banco do Estado de Mato Grosso (Bemat) por causa de ligações políticas com os irmãos Júlio e Jaime Campos, ambos ex-governadores.
Outro lado - O governador em exercício, Silval Barbosa (PMDB), disse que não recebeu nenhum pedido, seja por escrito ou pessoal, e lembrou que o cargo foi escolha do governador Blairo Maggi, então a ele é que teria que ser comunicado uma eventual saída ou desligamento da equipe que deverá sofrer pequenas alterações a partir de abril quando o próprio Silval se efetiva na função de Chefe do Poder Executivo Estadual.
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