Com este crime sobe para 6 o número de homicídios registrados em 4 dias
Mulher morre após ser esfaqueada pelo marido em um bar
Uma mulher foi morta a facadas e um usuário de drogas com um tiro na nuca em Várzea Grande entre a noite de domingo (3) e madrugada de ontem. Com estes 2 crimes sobe para 6 assassinatos atendidos pela Delegacia de Homicídios e Proteção à pessoa (DHPP) nos primeiros 4 dias do ano na Grande Cuiabá. A comerciante Maurília Fortunato, 57, dona de um bar no bairro Jardim Eldorado, foi morta pelo vendedor autônomo José Luiz Rodrigues Neto, 45, com quem convivia há 7 anos. O crime aconteceu por volta das 22h do domingo, dentro do bar pertencente a vítima. José, que também teve cortes no peito e nas mãos foi removido para o Pronto-Socorro de Várzea Grande, onde está internado. Ontem ele prestou depoimento ao delegado André Renato Gonçalves.
Na versão do acusado ele e a companheira vinham reatando o relacionamento, mas com freqüência tinham discussões por ciúmes. Pouco antes do crime ele bebia no bar dela e quando ela fechou as portas ele foi para um bar próximo. Era o terceiro local em que ele parava para beber no domingo. Quando estava bebendo lá em companhia de outra pessoa, Maurília apareceu e quebrou a garrafa de cerveja que estava sobre a mesa e mandou que ele voltasse até o bar dela, pagar a despesa que deixou pendurada, no valor de R$ 11. O acusado disse que se levantou e foi até lá, quando foi surpreendido pela comerciante já com uma faca nas mãos. José alega que tentou se defender quando ela o atingiu com 2 golpes no peito, tanto que apresenta ferimentos nas mãos. Assegura que só tentou se defender e não se lembra de mais nada depois disso, apenas de ter acordado já sedado, no pronto-socorro.
Segundo o delegado, não há testemunhas do crime, já que vizinhos foram socorrer o casal depois de ouvirem os gritos de ambos. No caso de confirmada a versão do autor do homicídio, a motivação poderia ser considerada legítima defesa, com excesso.
Moradores que acompanhavam o trabalho da Polícia asseguram que a situação é crítica no bairro, já que o número de assaltos e arrombamentos só vem crescendo e a população teme pela ação dos criminosos que invadem casas e ameaçam as famílias. A comunidade tem medo de denunciar os bandidos pois diz que se sente impotente pela falta de segurança e policiamento na região. Inclusive pelo acesso ao local, já que as ruas sem asfalto ficam alagadas com o período chuvoso.
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