Sob desgaste, Serys não recua da reeleição no Senado
Como não abre mão da recandidatura, a tendência é que os petistas tenham que decidir nas prévias quem lançará para o Senado, se Abicalil ou se Serys novamente. A senadora se encantou com Brasília, onde detém poder e bom trânsito nos Ministérios e junto ao Palácio do Planalto. Por outro lado, acabou se distanciando das bases. Não consegue levar mais a rotina de quando era deputada estadual. Mudou também a postura política. Foi-se aquela Serys combativa. Na pele de deputada, ela liderava as massas junto com os sem-terra na luta pela reforma agrária, com bancários e servidores grevistas, enfim, com as minorias. Da tribuna na Assembléia Legislativa, Serys denunciava o governo do Estado. Fez oposição dura aos governos Jayme Campos (91/94) e Dante de Oliveira (1995/2002) e também no primeiro mandato da gestão Blairo Maggi (2003/2006). Costumava apresentar dossiê, cobrava reivindicações da classe operária e partia para o ataque a qualquer crítica que recebesse.
Primeira mulher a ser eleita senadora por Mato Grosso, em 2002, quando obteve 574.563 votos, Serys está mais presente na burguesia, expressão muito utilizada nos movimentos de esquerda quando se referem aos abastados. Foi derrotada ao governo do Estado em 2006 e agora só pensa em esticar o mandato de senadora. Daqui a 10 meses os eleitores vão dizer "sim" ou "não" ao pleito de Serys, mas, claro, se ela conseguir consolidar seu projeto político, "patrolando" Abicalil.
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