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Economia
Domingo - 03 de Janeiro de 2010 às 14:25
Por: Carla Falci

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Os investimentos em projetos de infraestrutura geológica realizados em parceria entre a Sicme e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), durante seis anos, transformaram o subsolo mato-grossense em objeto de grandes investimentos privados.

Atualmente sete empresas estão em fase final de pesquisa mineral que deverão inserir na economia do Estado mais de US$ 1,2 milhão, até 2015. Entre os principais investidores estão o grupo Yamana, Mineração Caraíba, Anglo American do Brasil e Votorantin.

Os projetos de geologia e recursos minerais iniciaram em 2003, quando o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) e o Governo Federal, com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) elaboraram o Mapa Geológico e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso, na escala 1:1.000.000.

A partir desse convênio outras parcerias resultaram na elaboração do Sistema de Informação Geoambiental de Cuiabá, Várzea Grande e Entorno (SIG); Mapeamento Geológico de Três Folhas (Aripuanã, Tapaiúna e Juína), denominado Projeto Noroeste de Mato Grosso; Levantamento Aerogeofísico do Estado de Mato Grosso; Projeto de Geologia e Metalogenia da Província Aurífera Juruena/Teles Pires e no Projeto Rochas Calcárias e Fosfatadas para Insumos Agrícolas do Estado de Mato Grosso.

Os investimentos em levantamentos geológicos e aerogeofísicos totalizam aproximadamente R$ 36 milhões sendo R$ 11,5 milhões do Governo do Estado, por meio da Sicme, e R$ 24,7 milhões por parte da CPRM.

De acordo com o secretário de Estado de Indústria e Comércio, Pedro Nadaf, as informações dos mapeamentos geológicos e aerogeofisicos são fundamentais para a pesquisa mineral, pois abrangem atividades de campo em diversas escalas, envolvendo equipes multidisciplinares, formadas por geólogos, geofísicos, geoquímicos e outros profissionais.

Com essas informações, o Estado, nos últimos anos, registrou um aumento no número de requerimentos minerários, que saltou de 445, em 2002, para 1.407, no ano passado. “Mato Grosso subiu seis posições no ranking de requerimento de áreas para pesquisa mineral. O Estado ocupava a 11º posição e atualmente é o quinto, ficando atrás apenas da Bahia, Minas Gerais, Goiás e Piauí”, declara Nadaf.

O secretário explica que o avanço do Estado na área mineral, resultado dos levantamentos geológicos, são responsáveis pelo surgimento de grandes investimentos no setor. “A pesquisa é o primeiro passo para a descoberta de jazimentos em uma região. Isso tudo contribui para a chegada de mais investidores no Estado”.

O superintendente de Minas da Sicme, Joaquim Moreno, acrescenta que o ambiente geológico de Mato Grosso é propício para hospedar grandes jazimentos, principalmente nas áreas de zinco, cobre e níquel. Dentre as pesquisas de destaque estão as de Aripuanã, com estudos de polimetálicos (zinco, cobre, chumbo) e Vale do Guaporé com ouro, chumbo, cobre e etc.







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