Silval crê em transferência de votos de Maggi
Governistas sustentam a tese de que o governador Maggi renuncia ao mandato em 31 de março com a popularidade em alta. Garantem que o diferencial num comparativo com o que foi a gestão Dante de Oliveira é que "houve menos propaganda e mais realizações de Maggi", ou seja, "tem projetos e obras para mostrar em todo o Estado". O problema é que Dante (já falecido), já passou por esse mesmo processo. Em 2002, o tucano deixou o Paiaguás com cerca de 70% de aprovação popular e perdeu para o Senado. Agora, Maggi vai seguir o mesmo caminho eleitoral. Em sua cola está Silval, que começou na vida pública como prefeito de Matupá (Nortão), foi deputado por dois mandatos, presidente da Assembleia e, desde 2007, ocupa o cargo de vice-governador.
Silval mapeou todas as principais realizações do governo Maggi nos 141 municípios. Será com esses dados nas mãos que percorrerá o interior, pregando a continuidade do governo da chamada turma da botina. Numa estratégia orientada pelo próprio Maggi, o secretariado tem colocado a máquina a serviço do nome do peemedebista, tudo para ajudá-lo a melhor o desempenho nas intenções de voto. Hoje, o prefeito cuiabano Wilson Santos lidera as pesquisas. Silval, o senador Jayme Campos e o empresário Mauro Mendes (PSB) surgem "embolados" nos vários cenários, oscilando entre segundo e terceira colocações. Com a força da máquina e empurrão de Maggi, Silval tem praticamente assegurado no arco de alianças PMDB, PR, PT e batalha para cooptar PSB, de Mendes e Valtenir Pereira. Em verdade, vai jogar duro para atrair outras legendas, como o PP de José Riva e Pedro Henry, o PDT e o PPS dos deputados Otaviano Pivetta e Percival Muniz e tem esperanças de reconquistar o DEM.
De um lado, o nome de Silval passa a ganhar maior visibilidade eleitoral, afinal terá o controle de uma máquina que controla quase R$ 9 bilhões de orçamento por ano e quase 100 mil servidores distribuídos em 22 secretarias, órgãos, empresas e autarquias vinculadas. De outro, enfrenta o contraponto daqueles que, motivado pelo tradicional discurso de sentimento de mudança, quer dar um basta nas urnas do grupo que comanda o Estado desde janeiro de 2003.
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