China fez 5.394 prisões em 2009 em repressão à pornografia
A polícia chinesa prendeu milhares de pessoas em 2009 numa iniciativa de combate à pornografia na internet, informaram autoridades, prometendo intensificar a repressão que, segundo críticos, está sendo usada também para intensificar a censura geral.
O governo chinês lançou uma campanha altamente divulgada contra o que as autoridades disseram ser imagens obscenas que estariam dominando a internet no país e ameaçando a saúde emocional das crianças.
A polícia chinesa anunciou que a repressão à pornografia digital resultou em 5.394 prisões e 4.186 investigações criminais em 2009, multiplicando esses casos por quatro em relação a 2008.
O anúncio feito no site do Ministério de Segurança Pública (www.mps.gov.cn) diz que a campanha será intensificada em 2010. De acordo com o comunicado da seção do Ministério que cuida da segurança na internet, a polícia "vai intensificar as punições a operações da internet que violam leis e normas".
"Reforcem o monitoramento de informações", exortou o comunicado. "Pressionem os provedores de acesso à internet a instalar tecnologia preventiva."
Com estimados 360 milhões de internautas, a China tem a maior população online do mundo. Mas o Partido Comunista teme que a internet possa tornar-se uma via perigosa de acesso a imagens e ideias ameaçadoras.
O ministério não informou quantos dos 5.394 suspeitos presos foram posteriormente indiciados, libertados ou processados. Em um esforço visto por alguns como tentativa do governo de reforçar seu controle sobre as novas mídias, a campanha contra a pornografia também alvejou muitos sites com conteúdo político delicado ou simplesmente com conteúdos gerados por usuários.
A China proibiu o acesso a vários sites e serviços populares na internet, incluindo o YouTube, Twitter, Flickr e Facebook, além de sites chineses de partilha de conteúdos.
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