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Economia
Sábado - 02 de Janeiro de 2010 às 01:44
Por: Maria Angélica de Moraes

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Incremento na produção das fábricas depende de redução nos juros e a disponibilidade de recursos; e os agricultores recl
Incremento na produção das fábricas depende de redução nos juros e a disponibilidade de recursos; e os agricultores recl

Boas perspectivas para o comércio e indústria e um olhar mais cuidadoso para o setor agrícola em Mato Grosso é o que preveem para 2010 os especialistas destes três pilares da economia do Estado. Na opinião de Gustavo de Oliveira, presidente do Conselho Temático Econômico e Tributário do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt), o Estado deve seguir uma linha ascendente de crescimento no setor industrial. "Já temos sinais de que a atividade econômica como um todo está se recuperando. A perspectiva é conseguir retomar o ritmo de crescimento de 2008, antes da crise, e chegar a 9% ou 10% no geral".

Entre os setores com mais chances de crescimento significativo em 2010 estão o da construção civil, florestal, de alimentos e biocombustíveis. Com relação à oferta de crédito Gustavo de Oliveira, diz que reduzir os custos não será suficiente para impulsionar o setor industrial. É preciso que seja criada uma política nacional para desonerar os investimentos - reduzir a carga tributária e o custo financeiro -para que a indústria brasileira volte a ser competitiva em relação às internacionais.

Na opinião do diretor do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Mato Grosso (Sinduscon-MT), Júlio Flávio Miranda, o ano de 2010 será de oportunidades para o segmento. Isso porque as obras do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal terão continuidade e novos empreendimentos devem ser lançados para atender esse projeto. "Em Cuiabá, muitas obras serão lançadas em locais diferentes como na região do Coxipó, na avenida das Torres e na avenida do CPA, para atender desde famílias com renda de zero a 3 salários mínimos e até as que têm maior remuneração, com casas estimadas em até R$ 300 mil", diz ao estimar que serão em torno de 20 mil novas unidades residenciais.

Os projetos a que Miranda se refere serão executados por indústrias especializadas nesse tipo de empreendimento e ele revela que muitos empregos serão gerados. O diretor lembra ainda que as obras para receber a Copa do Mundo de 2014 começarão a partir deste ano, o que deve fomentar ainda mais o setor.

Agricultura - Nem prejuízos e tampouco lucros astronômicos. Esta é a previsão realista de Carlos Henrique Fávaro, diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja). "Os custos de produção em Mato Grosso aparentemente baratearam, mas estamos novamente suscetíveis à antiga "armadilha" que é plantar com câmbio em valor maior e, na hora da colheita, ele estar desvalorizado. Neste último ano o produtor comprou insumos com câmbio de R$ 2,10 e a safra será vendida na colheita com câmbio de R$ 1,70. É um diferencial que reduz a margem de lucro do produtor".

Na análise de Fávaro, com esta oscilação cambial pouco vai adiantar a expansão em produção e área plantada, prevista para 4%, relativa principalmente à migração do arroz e algodão. "Há ainda os problemas antigos como a questão de logística, que encarece o frete e a armazenagem da safra de milho nos armazéns, dois gargalos que podem atrapalhar os bons números da agricultura mato-grossense".

Comércio - A presença de produtos importados no setor varejista deverá marcar o ano de 2010. Por conta da alta de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e da desvalorização do dólar frente ao real produtos como alimentos, bebidas, eletroeletrônicos, vestuário e produtos populares deverão marcar presença nas prateleiras de todo o país. Para Alexandre Andrade, economista da Tendências Consultoria, Alexandre Andrade, as importações em 2010 serão puxadas pela expansão do crédito, pela manutenção do atual patamar de juros -que incentiva as vendas a prazo - e pelo incremento projetado de 6,4% da massa salarial sobre este ano. A projeção da consultoria é de que o volume das vendas no varejo restrito, que exclui a comercialização de automóveis e materiais de construção, cresça 5,6% este ano, frente a uma projeção de 7% para 2010.

 




Fonte: A Gazeta

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