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Nacional
Segunda - 23 de Dezembro de 2013 às 06:55

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A Justiça de São Paulo anulou o julgamento que absolveu três policiais militares da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) acusados de torturar e assassinar um homem rendido e desarmado na zona leste da capital, que supostamente teria envolvimento com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC). O crime ocorreu em maio de 2012 e os PMs foram absolvidos em novembro daquele ano. Com a decisão da Justiça, porém, eles devem ir a júri novamente em março de 2014. As informações são do Fantástico, da TV Globo.


 
Os réus são o sargento Carlos Aurélio Thomaz Nogueira, 43 anos, o cabo Levi Cosme da Silva Júnior, 34 anos, e o soldado Marcos Aparecido da Silva, 38 anos. Segundo investigações da Polícia Civil e da Corregedoria da Polícia Militar, os três teriam detido e torturado Anderson Minhano, 31, antes de baleá-lo e matá-lo. Para o Ministério Público, essa ação teria causado uma reação do PCC, que teria intensificado os ataques contra policiais a partir de então.


 
Na versão oficial, os PMs socorreram a vítima e a levaram ainda com vida para um hospital, mas o suspeito baleado não resistiu. Uma testemunha mantida em sigilo, porém, contraria essa versão. "Ele (policial) acabou de jogar ele (vítima) dentro do carro, acabou de tirar ele do chão e jogaram dentro do carro, mortinho. Acabou. Agora já estão indo embora, é da Rota sim, deu pra ver. É viatura da Rota", disse a testemunha, ao ligar para a polícia.


 
Em entrevista ao Fantástico, o promotor Francisco José Tadei Cembranelli afirma que há diversas provas que comprovam a autoria do crime. "A decisão dos jurados foi absurdamente contraria à prova. Somente nessa situação que o legislador permite que uma decisão do júri seja anulada e as provas são evidentes, são comprometedoras, tanto que o tribunal acolheu o parecer e determinou que os réus fossem submetidos a um novo julgamento. Nós não podemos colocar nas mãos de policiais, a liberdade de decidir quem vive e quem morre, eles tem que agir rigorosamente dentro da lei", disse o promotor.


 
Consultada, a Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo (SSP) não informou se os policiais continuam ou não trabalhando.





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