O auditor José Alves tem monitorado pagamentos indevidos todos os meses
A Auditoria Geral do Estado (AGE) mandou bloquear R$ 172 mil referentes a aposentadorias e pensões de 69 servidores estaduais já falecidos, que haviam entrado na folha de pagamento do mês de junho.
Eles não foram identificados pela Secretaria de Estado de Administração (SAD), que chegou a encaminhar os 69 nomes – todos aposentados e pensionistas – para o Banco do Brasil efetuar os pagamento.
No entanto, a Auditoria detectou a falha e conseguiu impedir os depósitos e evitar o prejuízo aos cofres públicos do Estado.
No ano passado, o órgão já havia constatado prejuízo de R$ 8,9 milhões, em pagamentos indevidos realizados entre 2005 e 2012, nas contas de 236 servidores que faleceram no período.
Parte do montante pago irregularmente acabou indo parar nas mãos de terceiros, que sacaram o benefício da conta do falecido.
“Temos feito esse monitoramento mensal, desde o ocorrido no ano passado. Temos aperfeiçoado, também, o sistema de cruzamento de dados. O que chamou a atenção, neste mês, foi o alto número detectado de pessoas mortas "recebendo" salário, fato que passou despercebidos pelo controle da Secretaria de Administração", disse o auditor-geral do Estado, José Alves Pereira.
A irregularidade foi identificada em cruzamento realizado entre a base de dados do Sistema de Óbitos (Sisobi), do Ministério da Previdência, do Sistema Estadual de Administração de Pessoas (Seap), da Rede de Integração Nacional de Informações de Segurança Pública, Justiça e Fiscalização (Infoseg), e o Sistema de Informações em Mortalidade, da Secretaria de Estado de Saúde.
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