Advogado é assassinado quando saía de sua casa
João Ricardo Belluf, que morava com os pais no bairro, foi encontrado morto dentro de seu Corolla, depois de levar um tiro nas costas
O advogado e nutricionista João Ricardo de Campos Belluf, de 45 anos, foi assassinado ontem de manhã, praticamente na porta da casa de sua mãe, no bairro Jardim Guanabara. Ele recebeu um tiro nas costas no momento em que deixava o imóvel dirigindo seu carro, um Corolla cinza.
Ao sair na rua, o advogado sofreu o disparo que teria partido de um desconhecido ocupando uma motocicleta. O agressor se aproveitou do fato de a vítima não ter sequer fechado os vidros do carro. A execução aconteceu por volta das 6h30.
Como a casa da mãe da vítima fica no alto, na rua Botafogo, o automóvel desceu ladeira abaixo. Desgovernado, ele destruiu um coqueiro e também bateu no muro do outro lado. O carro ainda atravessou a rua e foi parar no outro quarteirão.
Testemunhas disseram que dois ocupantes de uma motocicleta se aproximaram. O que estava na garupa desceu e atirou a curta distância. “Não temos vestígio de sangue. Tudo indica que o tiro foi disparado próximo”, observou um policial que esteve no local iniciando as investigações. Os choques provocaram pequenas avarias na lateral do automóvel.
A princípio, populares acreditavam que se tratava de um acidente de automóvel. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e levou o advogado para o Pronto-Socorro de Cuiabá (PSC). Ao chegar ao setor de emergência, enfermeiros de plantão perceberam que João Ricardo foi morto com um tiro nas costas.
Para policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime seria um acerto de contas. Familiares, no entanto disseram desconhecer os motivos do crime. “Meu irmão é funcionário da Universidade Federal de Mato Grosso há mais de 20 anos. Nunca teve problemas”, disse um irmão que esteve no local.
Conforme relato de vizinhos, o advogado saiu de casa de carro para comprar pão numa padaria próxima. Ele fazia o trajeto quase todos os dias e sempre levava dois cachorros no automóvel. Para policiais da DHPP, os pistoleiros sabiam da rotina da vítima. Então, aproveitaram para executá-lo.
O delegado André Renato Gonçalves, que esteve no local iniciando as investigações, colocou uma equipe para trabalhar no caso. Ele deverá ouvir os familiares do advogado nos próximos dias. Com isso, o delegado acredita que poderá obter informações que possa levar a motivação e aos criminosos.
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