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Terça - 29 de Dezembro de 2009 às 05:49
Por: Raquel Ferreira

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Os ex-policiais militares Hércules de Araújo Agostinho e Célio Alves de Souza encerram o ano de 2009 no Presídio Federal de Campo Grande sem prazo para retornar a Cuiabá. Os ex-pistoleiros do crime organizado voltariam a cumprir pena a partir de hoje em Mato Grosso, mas o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) vai aguarda até janeiro, quando o juiz Adilson Polegato, da 2º Vara de Execuções Penais da Capital, entrará com recurso para manter os ex-policiais presos em Mato Grosso do Sul.

Polegato está de férias e garante que ao retornar as atividades entrará em contato com o juiz federal Dalton Igor Kita Conrado, da 5ª Vara Federal em Campo Grande, que decidiu pelo retorno de Célio e Hércules, para reverter a situação. Ele destaca que os presos pertencem a uma quadrilha bastante perigosa e a estadia em Mato Grosso coloca em risco a segurança do Estado. Caso o juiz federal não mude a decisão de devolver os ex-policiais para Cuiabá, Polegato adianta que vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) alegando conflito de competência.

A volta dos presos a Cuiabá foi decidida em 8 de dezembro. No entendimento do magistrado da 5ª Vara Federal, o prazo de permanência dos presos já ultrapassou o prazo de 2 anos, conforme determina a lei. Na decisão, o juiz federal destaca ainda a demora para renovar o pedido para que Célio e Hércules permaneçam no presídio de Campo Grande. No caso de Célio, o documento havia vencido em 10 de julho e somente em 9 de setembro houve o pedido de renovação.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso (Sejusp) também é a favor da permanência dos presos em Campo Grande, defendendo que os dois ainda são ligados ao crime organizado do Estado. O órgão afirma que tem estrutura para manter Célio e Hércules em penitenciária mato-grossense, mas prefere os dois cumprindo pena longe do Estado onde cometeram crimes.

Ficha criminal - Célio Alves responde vários processos de homicídios e já foi condenado a 73 anos de prisão por diversos crimes, entre eles o assassinato do empresário Sávio Brandão. Ele ficou foragido por quase 2 anos e foi recapturado em julho de 2007, na região de Cáceres, durante troca de tiros com a polícia. Na ocasião, ele foi atingido por um tiro de fuzil no quadril.

Hércules também é acusado de matar o empresário Sávio Brandão, além de ter atuado em vários outros homicídios. Ele atuava em parceria com Célio nos crimes de pistolagem encomendados pelo chefe do crime organizado João Arcanjo Ribeiro. Hércules já foi condenado a mais de 117 anos de reclusão.

Quando estava preso em Mato Grosso, ele fugiu pela porta da frente da Penitenciária Central e foi recapturado em Machadinho D"Oeste (RO).





Fonte: A Gazeta

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