Sávio desautoriza Prado a falar sobre provas de concurso
O promotor de Justiça Domingos Sávio cutucou o coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Paulo Prado, nesta segunda (28), em coletiva no Palácio Paiaguás. Ao ser indagado sobre a necessidade de afastamento da Unemat das provas do maior concurso do País, Sávio disse que apenas pessoas sem competência para isso defendem o rompimento do convênio com a instituição de ensino, numa possível referência a Prado.
Na coletiva, Sávio representava o promotor Alexandre Márcio Guedes, membro do comitê que acompanha o andamento das provas. “Apenas o promotor (Márcio Guedes) poderia dizer e ele não se manifestou em qualquer momento contra a instituição Unemat. As declarações foram dadas por pessoas que não têm atribuição para isso”, defendeu Sávio.
Ele explicou que foram instaurados dois inquéritos no âmbito do Ministério Público Estadual para investigar o “vazamento” das questões da prova, sendo um na esfera cível e outro na criminal. Ambos estão na fase de instruções, quando são colhidas as provas e indagadas as testemunhas. “O resultado será divulgado entre janeiro e fevereiro e, se for o caso, vamos propor ações na Justiça”. Sávio frisou que os supostos envolvidos nas fraudes não farão mais parte da comissão que vai elaborar as futuras provas. “Por isso o Ministério Público não vê problema algum no fato da Unemat continuar elaborando as provas”, defendeu.
Além do MPE, integram o comitê de acompanhamento três secretários: o da Casa Civil, coronel Alexander Maia, o de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado, e de Administração Geraldo De Vitto. A OAB também conta com um representante, o advogado José Patrocínio Júnior.
Em 24 de novembro, o coordenador Paulo Prado enviou ofício ao governador Blairo Maggi (PR) em que defendia o afastamento da Unemat da elaboração das provas. Segundo o procurador, o Gaeco recebeu denúncias de falhas na organização do certame, que culminaram na determinação judicial de busca e apreensão de computadores e notebooks de pessoas envolvidas no processo. “Constatou-se, de forma cristalina, que a instituição Unemat, infelizmente, não possuía e não possui estrutura material e pessoal para a elaboração, coordenação e execução do concurso”, argumentou Prado na época.
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