25 trabalhadores abandonam obra
Com salários atrasados, vinte operários de uma construtora terceirizada abandonaram o canteiro de obras da Arena Pantanal.
O grupo integrava uma equipe de 150 trabalhadores que era responsável pela montagem das estruturas metálicas da cobertura, uma das etapas mais críticas -e atrasadas- da obra.
Todos haviam atuado na montagem da cobertura do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, e estavam em Cuiabá há cerca de dois meses.
O DIÁRIO apurou que, desde que chegaram à Capital, nenhum dos trabalhadores recebeu qualquer pagamento.
"Eles já vieram com um problema salarial e, além disso, não se adaptaram a Cuiabá", disse Joaquim Santana, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM).
A reportagem tentou contato com os trabalhadores no canteiro de obras da Arena Pantanal, mas foi informada de que todos já haviam deixado seus postos em definitivo.
O secretário Maurício Guimarães minimizou a possibilidade de a situação interferir no cronograma da obra. "São mais de 1.700 operários", desconversou.
Em nota, a construtora Mendes Junior declarou que tomou "providências necessárias" para que o episódio fosse resolvido imediatamente.
E atribuiu a situação a "questões administrativas alheias à sua gestão direta".
Na nota, que não menciona o nome de terceirizada, a empreiteira disse "assegurar" que não haverá "prejuízos ao andamento da obra”.
A conclusão da estrutura da cobertura é prerrogativa para o início da implantação do gramado.
Segundo o "plano de ataque" apresentado pela Secopa ao Tribunal de Contas (TCE), essa etapa deveria ter sido concluída em abril.
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