Quadrilhas roubaram 15 agências em MT
As quadrilhas que roubaram 15 agências bancárias este ano no interior de Mato Grosso atuam da mesma forma que o grupo denominado "Novo Cangaço". O procurador de Justiça de Minas Gerais, André Ubaldino, diz que eles chegam nas cidades ameaçando a população pelo terror. Os ladrões usam as pessoas como escudo e quem recusa-se a cooperar pode morrer.
A fuga também é planejada. Os integrantes já preparam todo esquema e sabem exatamente o tempo necessário para a Polícia enviar reforços da Capital para o local.
Ubaldino explica que os criminosos chegam a cidade meses antes da ação e fazem um verdadeiro trabalho de inteligência. Eles verificam a quantidade de policiais, que geralmente é em número inexpressivo, e também o dia com maior circulação de dinheiro nas agências.
O grupo também monta acampamentos e prepara um espaço na mata para ficarem escondidos até que a "poeira abaixe" e os grupos especializados da Polícia, vindos da Capital, voltem para lugar de origem. Eles têm treinamento para sobrevivência na mata e as condições geográficas do Estado favorecem a ação.
A cidades selecionadas pela quadrilha geralmente são referências na produção agrícola e distantes da Capital. Este ano, as cidades de Paranatinga, Tabaporã, São José do Rio Claro, Alto Taquari e Nova Mutum tiveram agências assaltadas.
Os novos "cangaceiros" também roubam carros-fortes. Os ladrões cercam o veículo na rodovia e ameaçam os vigias com armas de grosso calibre, que furam a blindagem. Caso o trabalhador não abra o cofre, ele morre. (CR)
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