Coronel PM é suspenso da maçonaria
O coronel aposentado da Polícia Militar João Bosco da Silva, 63, teve os direitos maçônicos suspensos "preventivamente" pelo grão-mestre da Grande Loja do Estado de Mato Grosso (Glemt), José Carlos de Almeida. A reportagem de A Gazeta obteve acesso ao ato que atestou a punição de João Bosco.
O documento mostra que, durante o período de suspensão, "fica expressamente vedada a presença do obreiro (João Bosco) nas Lojas Jurisdicionadas da Glemt". A presença só será permitida para se defender do processo disciplinar maçônico, "a fim de possibilitar ao obreiro suspenso o exercício da mais ampla defesa". O documento sobre a ação de João Bosco foi protocolado no dia 21 (segunda-feira) no Glemt.
A determinação será encaminhada ao Tribunal Judiciário Maçônico, que é o único que tem o poder de julgar João Bosco, já que este foi um venerável maçônico. A Grande Loja está em recesso de final de ano e retornará em 19 de janeiro.
No ato assinado pelo grão-mestre, foi considerado que o crime atenta contra "todos os princípios de solidariedade, fraternidade, união e harmonia entre os homens a prática de atos de violência física ou moral, mormente quando direcionados contra irmãos".
Além de José Carlos de Almeida, o documento foi assinado pelo secretário das Relações Interiores do Glemt, Moacyr José Daima Filho.
A suspensão do coronel aposentado ocorreu depois que, na madrugada de domingo, ele atirou contra os irmãos maçons José Dimas Mathar e César Vidotto. O tiroteio ocorreu na festa de confraternização da loja "Filhos de Hiram", no bairro Jardim Itália, em Cuiabá. O caso foi registrado no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do Planalto.
João Bosco também fez um BO, o qual se caracteriza como vítima de agressão, pois teria recebido em tapa de Vidotto e outros membros na cozinha da casa maçônica. Assim, reagiu com os disparos. No boletim de ocorrência encaminhado ao Cisc Planalto ele disse que seu rosto estava inchaço da agressão que sofreu.
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