Assassinato de governador na Colômbia foi ato de barbárie, diz OEA
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, condenou nesta quarta-feira o assassinato do governador do Departamento colombiano de Caquetá, Luis Francisco Cuéllar, que havia sido sequestrado na última segunda-feira (21).
"Este ato de atrocidade e barbárie merece o rechaço da comunidade internacional, que apoia a Colômbia em seus esforços para alcançar a paz", disse Insulza.
O titular da OEA pediu às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), grupo ao qual o presidente colombiano, Álvaro Uribe, atribuiu o sequestro e o assassinato, "que entendam a dor e as implicações destes fatos", que "ameaçam a integridade individual e a paz nacional".
Insulza lamentou também a morte do oficial de polícia Javier García Gutiérrez, que fazia a segurança do governador no momento do sequestro.
"A morte de um funcionário público em nossa região será sempre um fato repudiável", disse. "Espero que os responsáveis sejam capturados rapidamente pelas forças de segurança colombianas para que, sob o marco da lei, respondam por seus atos."
O corpo de Cuéllar, que tinha completado 69 anos ontem, foi encontrado degolado. Um dia antes, ele havia sido levado de sua casa por um grupo de homens que usavam roupas militares.
A família alega que o governador não recebia proteção policial suficiente, embora já tivesse sido sequestrado em quatro ocasiões anteriores.
O desfecho do caso lançou questionamentos sobre a estratégia promovida pelo governo de Uribe para desmantelar grupos guerrilheiros que agem no país pela via militar.
Após ser informado do sequestro, o mandatário ordenou às forças de segurança que se empenhassem em localizar e libertar o político.
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