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Cidades/Geral
Quarta - 23 de Dezembro de 2009 às 13:15

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Os trabalhadores da educação de Mato Grosso analisaram, dentre outras pautas, problemas criados pelo governo do Estado na execução do concurso público, cujas provas foram canceladas no dia 22 de novembro. A categoria decidiu, durante o último Conselho de Representantes, realizado nos dias 12 e 13 de dezembro, cobrar a realização do processo seletivo.

“Também exigimos a posse imediata dos aprovados com participação da Seduc (Secretaria de Estado de Educação)”, acrescentou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares Ferreia. Ele ressaltou a importância do cumprimento das novas datas de realização das provas, 31 de janeiro para níveis fundamental e médio, e 21 de fevereiro de 2010, para nível superior. “Esperamos que não ocorra outro cancelamento pois acarreta inúmeros prejuízos à educação”.

Na opinião do Sindicato, a intransigência dos gestores do concurso foi responsável por tantos tumultos ocorridos na vida da população. “Com a escassez de recursos públicos em função das políticas de isenção e renúncia fiscais, além da sonegação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) para a educação, o governo do Estado de Mato Grosso não pode se dar ao luxo de desperdiçá-los, como fez agora na condução do concurso público”, protestou.

Além de danos financeiros, o adiamento das provas causou transtornos para a rede de ensino, em função do elevado número de contratos temporários. “No caso do cargo de professor, eles já superam 50% do quadro, enquanto no cargo de Apoio, como merendeiras, agentes de limpeza e agentes de segurança, 70% a 80% do quadro são contratados temporariamente”, salientou o sindicalista.

Para o secretário de Políticas Educacionais do Sintep/MT, Henrique Lopes do Nascimento, o número de vagas para educação está aquém da demanda. “Se a Seduc tivesse a autonomia na formulação do edital, talvez conseguiríamos realizar o concurso com o número real de vagas, atendendo a necessidade da educação”, explicou. O concurso público oferece 10.086 vagas, sendo três mil para Professor da Educação Básica, 500 para Técnico Administrativo Educacional e duas mil vagas para Apoio Administrativo Educacional. De acordo com o secretário, há uma demanda para aproximadamente cinco mil professores, 1.500 técnicos administrativos e quatro mil funcionários de apoio.

Responsabilidades - Para o Sintep/MT, a culpa do desastre de gestão não pode ser creditada somente à Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). “O governo é o grande responsável pelo sucateamento da instituição da qual é o mantenedor. Não existe uma dissociação. Simples assim”, complementou Gilmar Soares. A direção do Sintep/MT espera que, com a divisão de datas, o concurso público seja realizado. “Mas vamos estar de olho e cobrar o compromisso firmado”, finalizou o presidente da entidade.





Fonte: Pau e Prosa Comunicação

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