Acordo faz parte de um "pacote" de diretrizes para a disputa eleitoral
PMDB admite aliança com PDT, mas não garante Taques
A cúpula do PMDB em Mato Grosso já admite uma aliança com o PDT do senador Pedro Taques, com vistas às eleições majoritárias no Estado, em 2014.
O acordo está contido em um "pacote" de diretrizes que o partido elaborou, no fim da semana que passou, na cidade de Várzea Grande. Mas, não há garantias de apoio a uma eventual candidatura do senador à sucessão do governador Silval Barbosa.
Ao MidiaNews, o presidente regional do PMDB em Cuiabá, Clóvis Cardoso, informou que uma definição nesse sentido dev ser baseada em duas justificativas.
"A principal questão é: como o programa de Governo de um candidato pode chegar ao eleitor do interior? Já que comício não funciona mais e panfleto também não, é na TV que o candidato reverte baixo desempenho e consegue angariar eleitores"
A primeira é a de que, mesmo o PDT sendo oposição em Mato Grosso, no âmbito nacional, a sigla faz parte da base da presidente Dilma Rousseff (PT), que irá tentar a reeleição e o processo vai repercutir nos estados.
Outro argumento é o de que, sem aliança com partidos de maior bancada na Câmara Federal, o PDT terá um tempo considerado ínfimo na TV, durante a propaganda eleitorai, na campanha do próximo ano.
“A principal questão é: como o programa de Governo de um candidato pode chegar ao eleitor do interior? Já que comício não funciona mais e panfleto também não, é na TV que o candidato reverte baixo desempenho e consegue angariar eleitores”, avaliou Cardoso.
“No caso do PDT, a sigla tem, em média, dois minutos. Já nossa aliança, formada pelo menos com PT e PMDB prioritariamente, possui mais de 10 minutos. Só assim o PDT já seria massacrado”, completou o dirigente.
Taques
Apesar da aliança com os pedistas ser uma das diretrizes definidas pelo PMDB para as eleições de 2014, Clóvis Cardoso observou que o nome do senador Pedro Taques (PDT) não é, necessariamente, unanimidade, no contexto de uma candidatura ao Governo do Estado.
Lançado no início do ano como pré-candidato pelo grupo de oposição formado ainda pelo PSB, PPS e PV, Taques é visto como um nome forte e com reais chances de ganhar a eleição majoritária em Mato Grosso
Nas pesquisas de opinião, o parlamentar tem ficado em segundo lugar, atrás apenas do também senador Blairo Maggi (PR), que, por sua vez, nega sistematicamente que possa concorrer ao Palácio Paiáguas pela terceira vez.
“Nós reconhecemos que Taques é forte hoje, o que também pode resultar em nada no próximo ano. Taí a ex-senadora Marina Silva, que parecia uma forte candidata à Presidência da República e, na última eleição, mostrou resultados pífios”, comparou Clóvis Cardoso.
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