Governador colombiano morreu degolado pelas Farc, denuncia Uribe

O governador do departamento (Estado) colombiano de Caquetá, Luis Francisco Cuéllar, morreu degolado pelos rebeldes das Farc ( Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que o tinham feito refém na segunda-feira (21) à noite na cidade de Florencia, assegurou nesta terça-feira (22) o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe.

"Foi degolado, miseravelmente o degolaram", disse Uribe durante um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão horas após saber-se da morte de Cuéllar, cujo corpo foi encontrado em uma zona rural próxima a Florencia.

O corpo do governador foi encontrado por camponeses perto do local onde foi achado o veículo incinerado no qual Cuellar foi sequestrado, de acordo com o site na internet do jornal "El Espectador". O secretário de governo de Caquetá, Edilberto Ramón Endo, confirmou a informação à rádio colombiana RCN.

Anteriormente, Uribe havia pedido ao Exército uma operação militar para o resgate do governador de Caquetá. O presidente confirmou ainda a oferta de uma recompensa de 1 bilhão de pesos (cerca de R$ 872 mil) por qualquer informação que levasse à libertação do governador.

Uribe, que liderou uma grande campanha militar contra as Farc, não falou em nenhum momento em negociar com os militantes. "Quem vai acreditar nestes bandidos? Por favor, não esperemos atos de generosidade resgatemos militarmente os sequestrados", insistiu Uribe, em breve declaração à imprensa.

A guerrilha das Farc é o principal grupo insurgente do país e alvo da maior parte da ação militar do governo do presidente Uribe --que conseguiu enfraquecer o movimento nos últimos meses com a morte e captura de vários nomes do alto escalão do grupo.

Atualmente, as Farc mantêm em cativeiro 24 militares e policiais, alguns há mais de dez anos. A meta é trocar pelo menos 22 deles por 500 rebeldes presos --proposta que o presidente já anunciou que não aceita.