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Economia
Terça - 22 de Dezembro de 2009 às 19:12

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O aumento do salário mínimo para R$ 510 injetaria até R$ 26,6 bilhões na economia, segundo estudo do Dieese. A arrecadação tributária sobre o consumo teria um incremento de R$ 7,7 bilhões.

O ministro Paulo Bernardo (Orçamento) confirmou nesta terça-feira que o governo avalia reajustar o salário mínimo para R$ 510, acima dos R$ 507 previstos no texto do Orçamento. Segundo o ministro, a proposta foi feita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é quem dará a palavra final sobre o assunto.

Segundo o Dieese, 46,1 milhões de pessoas têm rendimento referenciado no salário mínimo no país.

O estudo aponta ainda que a variação do INPC-IBGE para o período de 1º de fevereiro a 31 de dezembro de 2009 foi estimada em 3,60%. A variação do PIB de 2008 está calculada pelo IBGE em 5,1%. Com o aumento real previsto, chega-se ao valor de R$ 510 e tem-se a variação total de 9,68% para o salário mínimo, o que significa aumento real de 5,87% no período.

No acumulado do governo Lula, segundo o Dieese, os ganhos reais do salário mínimo atingem 53,46%.

Cesta básica

Ainda segundo o Dieese, com o valor do salário mínimo em R$ 510 e a cesta básica mantendo, em dezembro e janeiro, o mesmo valor verificado para novembro de 2009, estima-se que o salário mínimo terá, então, um poder de compra equivalente a 2,17 cestas básicas.

Essa capacidade é a maior verificada na série histórica da relação entre as médias do salário mínimo anual desde 1979.

Previdência

Mais cedo, Bernardo afirmou que o mínimo de R$ 510 terá um impacto de R$ 600 milhões a mais nas contas da Previdência Social no ano que vem, o que elevará o custo adicional a R$ 4,6 bilhões.

Bernardo disse que o aumento do mínimo facilitaria o recebimento do benefício por aposentados que sacam o dinheiro em caixas eletrônicos, já que seria mais fácil sacar o valor redondo.

De acordo com o ministro, o governo pode incluir na medida provisória que reajustará o salário mínimo o aumento também para os aposentados que ganham acima do piso.

PIB

O ministro disse ainda acreditar que a previsão para o crescimento de 5,8% do PIB (Produto Interno Bruto) feita hoje pelo Banco Central se concretizará. Ele negou, porém, que isso pode implicar em aumento nas taxas de juros no ano que vem.

'Tem muita gente especulando com essa questão de juros, mas todo mundo sabe que é chute. O Banco Central vai ser duro para combater a inflação. Se tiver que tomar a medida [aumentar juros] vai tomar, mas não porque tem algum corneteiro do mercado financeiro querendo', retrucou.





Fonte: Folha Online

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