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Agronegócios
Terça - 22 de Dezembro de 2009 às 15:32
Por: Sérgio Édison

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Acusados de serem os algozes da floresta amazônica, os produtores rurais de Mato Grosso não escondem a preocupação com dados nada confiáveis que o governo federal utiliza para promover a sua defesa do meio ambiente e a busca pela exploração sustentável da floresta. Uma mostra disso é a confusão sobre o Código Florestal, cujas propostas são desastrosas para a maioria dos agricultores.

“Ao invés de encontrar soluções, o governo cria novos problemas, acirrando a briga entre ambientalistas e ruralistas”, critica Paulo Freitas, o Paulo Agroverde, empresário em Sorriso e que faz investimentos no agronegócio. “Os ambientalistas utilizam dados fantasiosamente exagerados sobre a realidade ambiental no Brasil e acusam a bancada do agronegócio no Congresso de promover uma farsa no apoio ao fim dos desmatamentos, e o governo federal, erroneamente, acredita nesses números exagerados e fora da realidade”, lamenta.

Para o empresário, os ambientalistas patrocinados por ongs estrangeiras exercem uma pressão enorme sobre a agricultura e a pecuária do Brasil, setores que colocam Mato Grosso na liderança nacional. O objetivo dessas organizações, segundo Paulo Agroverde, é atender o interesse de algumas nações em brecar o desenvolvimento econômico do Brasil. “E um dos caminhos é justamente inibir a expansão do agronegócio na Amazônia, como acontece agora”, pondera.

Para os ambientalistas, o setor rural faz campanha nacional para abolir a atual legislação ambiental utilizando o expediente de tentativa de desmoralizar quem se manifesta na defesa do meio ambiente. “Isso tudo é uma farsa. A agricultura brasileira destina-se a alimentar as famílias do País”, destaca Paulo.

“Mal-informados, os ambientalistas de plantão afirmam que produção primária é escravista, traz postura submissa, e qeu o Brasil exporta grandes quantidades de grãos, especialmente de soja, que pouco serve de alimentação direta a humanos, e sim para a produção de ração animal em outros países. Isso é uma mentira de quem desconhece a realidade”, rebate.

Técnicas evitam danos ambientais

O agricultor, segundo o empresário de Sorriso, não é o agente da destruição ambiental. “Nessa questão do aquecimento global, a agricultura é aliada na redução dos gases efeito estufa e investe em pesquisas e técnicas para reduzir danos ambientais”, destaca Paulo Agroverde, lembrando que pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), estados e universidades brasileiras buscam soluções contra o aquecimento global e, ao mesmo tempo, garantir fortalecimento da produção agropecuária.

“Há técnicas e atividades limpas e sustentáveis que somente a agricultura brasileira consegue fazer, e basta que os agricultores usem o que já existe. Esse é o grande diferencial”, explica Paulo. Ele cita que outros setores da economia nacional também provocam danos à atmosfera. “A indústria mal planejada polui. Um carro mal regulado polui. Então, logo é injusto que apenas o produtor rural seja acusado pelo efeito estufa e penalizado por leis arbitrárias e com acusações insanas através da mídia”, destaca.

Paulo Agroverde enfatiza que o setor rural já utiliza técnicas de boas práticas agrícolas que contribuem para mitigação dos gases. “O plantio direto, por exemplo, é uma prática que promove o cultivo sobre a palha deixada pela cultura anterior, sem a necessidade de remoção e que sequestra carbono da atmosfera”.

Outra técnica bastante usada por produtores rurais de Sorriso e região é Integração lavoura-pecuária, que aproveita as áreas aptas para o cultivo, com rotação de pastagem com lavoura. “Um bom manejo de pasto permite ao agricultor recuperar áreas consideradas ruins e emissoras de gases, melhorar as condições do solo e produzir grãos de boa qualidade”, garante o empresário, lembrando ainda que muitos produtores já investem no reflorestamento em suas propriedades.

Agricultura eficaz

O Brasil virou uma potência agropecuária e assumiu na última década forte liderança agrícola mundial. “No passado, o nosso País dominava o mercado de açúcar, café e tabaco. Agora, graças aos modernos sistemas de produção, passou a dominar na produção de carne bovina, nas aves, na soja, no suco de laranja”, comenta Paulo Agroverde. “Os estrangeiros ficam entusiasmados quando conhecem a integração da lavoura com a pecuária, o plantio direto, as safras sucessivas no mesmo terreno, a fruticultura deslanchando, o etanol se impondo”.

O empresário concorda que ainda há muitos produtores rurais que ainda não têm consciência sobre a importância da preservação ambiental. No entanto, segundo ele, a maioria defende a preservação das florestas e que o governo federal não pode permitir com que o setor rural continue sendo massacrado pela opinião pública e que o agricultor seja injustiçado como se fosse criminoso.

“Junto com as leis ambientais é preciso estudar meios eficazes para compensar o produtor pela reserva legal em sua propriedade. Não estou sugerindo que se perdoe quem insiste na destruição das florestas, mas que se ofereçam estímulos econômicos para a recuperação ambiental”, finaliza.





Fonte: Assessoria

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