Professor responderá por assédio sexual

O promotor de justiça Reinaldo Oliveira Filho formalizou a denúncia ao Judiciário contra o ex-professor do Colégio Isaac Newton, Fernando Bicudo Salomão, 37 anos, pela prática de assédio sexual contra adolescentes. Em setembro, Bicudo foi flagrado em um motel com duas alunas da escola menores de idade. Na época ele exercia a função de coordenador do Ensino Médio noturno na instituição de ensino.

O Ministério Público Estadual (MPE) apontou na acusação que o professor usou a superioridade hierárquica proveniente do cargo para obter vantagem ou favorecimento sexual das alunas. Bicudo está sendo denunciado por assediar insistentemente as estudantes de 16 e 17 anos, que cursavam à noite o 2º ano do ensino médio no CIN.

Ele teria oferecido descontos na mensalidade a uma das estudantes e dado acesso as meninas a provas de avaliação que seriam aplicadas a turma na qual ambas estudavam. As alunas relataram que Bicudo até mesmo mudou as notas das estudantes no sistema da escola, na tentativa de seduzi-las.

Na noite de 28 de setembro, o padrasto de uma das estudantes, José Carlos Júnior, deixou a garota no colégio e ficou na porta observando a enteada, que, segundo ele, vinha apresentando mudanças no comportamento. Minutos após a entrada da menina na escola, ela saiu novamente com a colega e, na rua abaixo do colégio, entrou no carro do professor.

José Carlos seguiu o carro de Bicudo e, quando o professor entrou em um motel na saída para Chapada dos Guimarães, por volta de 19h30, acionou policiais da Delegacia de Defesa dos Direitos da Infância e Adolescência (Deddica). A polícia flagrou o professor com as duas alunas no quarto e ele foi levado para o Cisc do Planalto. Bicudo obteve liberdade no dia seguinte com o pagamento de fiança.

No momento da prisão o professor afirmou ter sido vítima de uma armação por parte das estudantes, que segundo ele há tempos sugeriam a ele que marcassem encontros amorosos. As estudantes negam o fato e dizem ter sido assediadas pelo educador. Bicudo, que era casado, perdeu o emprego na instituição de ensino no dia seguinte ao flagrante.