Radar traça cenários para a internet banda larga no Brasil
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou nesta segunda-feira, 21, a quinta edição do boletim Radar: Tecnologia, Produção e Comércio Exterior. Produzida pela Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais, Inovação, Produção e Infraestrutura (Diset), a publicação traz três artigos, que tratam dos impactos da crise sobre o setor produtivo brasileiro, de variáveis para a avaliação de políticas de ciência e tecnologia e dos motivos pelos quais a densidade de acessos de banda larga ainda é baixa no Brasil.
O primeiro artigo, O setor produtivo brasileiro em três cenas, trata dos impactos da crise financeira internacional sobre o setor produtivo no Brasil. Para comprovar a hipótese de que o Brasil já saiu da crise, o texto recupera características de três momentos: o período que vai de 2007 até o início da crise financeira, com altas taxas de crescimento e investimento e com expectativas positivas sobre o desempenho da economia; o situado entre o início da crise, em 2008, e os primeiros sinais de recuperação, marcado por forte incerteza; e o período posterior a esses sinais, ainda com dúvidas sobre o futuro do setor produtivo.
No segundo artigo, Banda larga no Brasil - por que ainda não decolamos, os autores traçam cenários para o mercado de acesso à internet, com base em pesquisas que apontam o preço como o principal entrave para o acesso à rede em lares com computador. Segundo o artigo, o brasileiro paga, relativamente, pelo menos 7,2 vezes mais que o americano e o japonês pela internet, e a velocidade é inferior. Os cenários projetam os efeitos da redução de preços pelo serviço no número de acessos e no faturamento das empresas e sugere que o mercado de banda larga seja usado como estratégia de desenvolvimento em áreas atualmente relegadas, como a produção de equipamentos para a última milha e a produção de conteúdo e serviços para uma população incluída digitalmente.
O terceiro texto da publicação trata das Variáveis Proxy para os gastos empresariais em inovação com base no pessoal ocupado técnico-científico disponível na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). O artigo mostra que a variável PO TEC, que equivale ao pessoal ocupado técnico científico, e outras semelhantes podem ser usadas, em caso de ausência de informações sobre gastos em inovação, para avaliar as políticas de ciência e tecnologia com base em dados disponíveis anualmente, como é o caso da Rais.
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