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Segunda - 21 de Dezembro de 2009 às 00:01
Por: Nestor Fidelis

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Sempre ouvimos falar que Jesus nasceu numa manjedoura, mas muitas pessoas não sabem que a manjedoura é um tabuleiro onde os animais comem, similar a um cocho. Vemos, então, que o Menino Jesus inicia sua trajetória como um homem comum nos exemplificando que a primeira virtude a ser exercitada é humildade. A vinda de Jesus denota que a Terra já iniciava sua maioridade moral, espiritual, podendo receber as lições de fraternidade, paz, perdão e amor.

Relevantes fenômenos mediúnicos precederam a chegada de Jesus, envolvendo pessoas da sua família corporal, sobretudo Maria, sua mãe e considerada a Mãe de Todos. O Evangelho de Lucas narra que no sexto mês de gestação a virgem Maria foi visitada pelo anjo Gabriel, anunciando a alta envergadura do Ser que ela receberia como filho e que deveria se chamar Jesus. Vale acrescentar que naquele tempo a expressão “virgem” referia-se à mulher jovem, com idade para se casar, diferentemente do sentido que se deu à virgindade na atualidade.

O Espírito Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, em sua obra “A Caminho da Luz” discorre sobre o cumprimento das previsões feitas pelos profetas de Israel no tocante a vinda de Jesus, porquanto este Ser Sublime e Inigualável levantou-se na simplicidade, viveu na ingratidão e foi desprezado pelos homens, inclusive por seus seguidores, vindo a sofrer o peso de nossas injustiças. Apesar disso, considerando a humanidade como um rebanho desgarrado, eis que cada povo fazia da religião uma nova fonte de vaidades, Jesus logrou reunir e confortar a todos em torno de sua mensagem libertadora.

Ele foi humilhado e ferido ao extremo, mas nunca reclamou, permitindo-se ser levado ao calvário como um cordeiro para nos demonstrar o alto valor da atitude responsável, em detrimento da lamentação improdutiva. Viveu entre os mais simples, evidenciando que para o prevalecimento da verdade não se faz mister o luxo dos tribunais ou dos templos, pregando em praça pública ou à beira-mar, pois mais vale o amor do que qualquer doutrina criada pelos homens.

Estabeleceu Jesus que Seu reino não é deste mundo e que há muitas moradas na casa do Nosso Pai, de modo que Deus, muito superior aos poderes transitórios da Terra, passou a ser visto como Misericordioso, Infinitamente Justo e Bom. Conquanto muitas guerras tenham sido inventadas em Seu nome, o Mestre nos convida a sermos pacíficos e pacificadores, nos deixando Sua maior herança: o Evangelho. Nasce com Jesus a ensancha da verdadeira prosperidade, cabendo a todas as nações o esforço para se concretizarem as virtudes da maturidade da humanidade. Nada obstante o avanço da ciência, somente Jesus é capaz de nos preencher intimamente, animando-nos a prática do Bem.

Ao valorizar a tolerância e o perdão, o Meigo Nazareno asseverou que não veio destruir a Lei de Deus, mediunicamente recebida por Moisés, mas sim cumpri-la, dar-lhe verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de adiantamento moral que a humanidade já alcançara.

A fé exemplificada pelo Cristo sustentou inúmeros obreiros da luz, consolando e animando todos os que sofrem, uma vez que Ele é o médico das almas que não veio para os são, mas para os necessitados. Assim, compete aos cristãos a observância dos ensinos de Jesus, tomando o cuidado para aplicar-lhes em sua própria vida, ao invés de querer cuidar e mudar a vida do próximo, perguntando a si mesmo, em cada ocasião de dificuldade: como Jesus agiria?

Natal é festa maior dos cristãos, mas há equívocos de prioridades, porque os presentes simbolizam as dádivas ofertadas pelos três reis magos ao Menino Jesus, não devendo ser visto como uma obrigação automática e necessariamente material. Ademais, apesar de o bom velhinho Papai Noel ser muito simpático, é mais um símbolo criado pelo comércio, vestido de vermelho pela grande fábrica de refrigerantes. Da mesma maneira, o Espírito Natalino não deve ser interpretado por excessos de gastos e alimentação, a fim de que não venhamos cair no consumismo prejudicial.

Confraternização, reflexão quanto aos ensinos de Jesus, amor, desejos de paz e sucesso. No Natal as famílias se aproximam dos dois lados da vida para celebrarem o amor, por isso, é o momento de “se dar de presente”, ouvindo, sorrindo, sendo elegando, enfim, convivendo. Que cada “Feliz Natal” pronunciado provenha do coração de cada um de nós e não seja algo superficial em termos de sentimentos, para que nossas palavras e ações encontre ressonância junto ao Homenageado; lembrando que podemos levar o real Espírito do Natal para todos os dias de nossas vidas. Feliz Natal!

NESTOR FERNANDES FIDELIS, trabalhador voluntário da FEEMT





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