PF soma 17 operações e 541 prisões em Mato Grosso
Dezessete grandes operações foram realizadas pela Polícia Federal de Mato Grosso este ano. Foram 541 prisões, sendo 315 mandados e 226 em flagrante. O balanço das ações aponta que entre os crimes combatidos estão fraude, desmatamento, pedofilia e tráfico de drogas. Mato Grosso foi o segundo estado que mais apreendeu entorpecentes no Brasil durante o ano de 2009.
A primeira operação aconteceu em janeiro, quando 160 pessoas foram presas na operação "Arco de Fogo 2", que ocorreu em Sinop e Juína. O crime, que consistia em desmatar ilegalmente, foi desenvolvido também no Pará, Rondônia e Maranhão. Nessa ação, foram apreendidos mais de 9,7 mil metros cúbicos de madeira, 23 armas de fogo, 79 veículos usados no desmate e destruídos 221 fornos.
Este ano, na fronteira com a Bolívia houve uma repreensão forte contra o tráfico. Em março, a PF junto com a Marinha, o Exército, a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública e a Polícia boliviana deflagraram uma operação para combater o crime. A "Brabo 1" teve 7 pessoas presas em flagrante e foi deflagrada em Cáceres e Vila Bela da Santíssima Trindade. Entorpecentes também foram o foco da operação "Fronteira Branca", que desarticulou uma quadrilha de traficantes internacionais. Nessa, foram cumpridos 72 mandados de prisão temporária, 28 de busca e apreensão e apreendidos U$ 476 mil. Essa investigação foi iniciada em 2006 com a identificação de um boliviano que fazia remessas de cocaína para o Brasil.
De acordo com o superintendente da PF em Mato Grosso, Oslain Campos Santana, a vantagem da Polícia Federal no combate ao crime está na mobilidade. Segundo ele, é possível reunir diversos policiais de um dia para o outro, que estejam atuando em vários cantos do país. "É essa mobilidade que diferencia, muitas vezes, a Polícia Federal da Militar ou Civil".
Em agosto, a operação que prendeu servidores da Prefeitura de Cuiabá, empresários e um suplente de deputado estadual, a "Pacenas" (ou Sanecap, ao contrário), teve recentemente as provas anuladas pela Justiça.
Sobre isso, o superintendente argumentou que, apesar da estrutura da PF ser muito cara, o valor gasto nas investigações não foi o principal problema. Para ele, a perda do trabalho dos policiais foi o maior custo. "É como pegar o rato e depois questionarem o tipo de ratoeira usada".
Somadas todas as operações, 16 servidores públicos foram presos. O que incluiu coronéis, majores, capitão, policiais militares, um procurador municipal e servidor da Previdência Social. Apesar de não passar o número exato, Oslain Santana disse que houve um aumento de 40% no efetivo da Polícia Federal em Mato Grosso.
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