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Nacional
Quinta - 17 de Dezembro de 2009 às 00:24
Por: Renata Baptista

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O padrasto do menino de dois anos que está internado no interior da Bahia com quase 50 agulhas dentro do corpo foi preso nesta quarta-feira depois de confessar que introduziu os objetos na criança em sessões de um ritual religioso, segundo um agente da Polícia Civil de Ibotirama (643 km de Salvador).

Roberto Carlos Magalhães Lopes, que vivia com a mãe do menino há um ano e meio, disse à polícia que levava a criança para um centro de rituais por sugestão de uma amante, segundo o agente policial.

A suposta amante, que nega envolvimento com Lopes, e a dona do centro de rituais religiosos também foram presas.

O menino continuava internado nesta quarta na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital do Oeste, em Barreiras (858 km de Salvador), em estado grave, porém estável. Segundo o hospital, a criança respira sem ajuda de aparelhos e se alimenta por meio de uma sonda.

Nesta terça-feira (8), em depoimento, a mãe do menino disse que não sabe como as agulhas foram parar no corpo da criança e que achava que o Lopes poderia ter usado o garoto em uma espécie de ritual de magia negra. Ontem, quando prestou esclarecimentos na delegacia, Lopes negou ter inserido as agulhas no menino. Ele havia desaparecido depois de deixar a delegacia.

Na tarde desta quarta, ele foi detido para "averiguações" após dar entrada no centro médico do Hospital Regional de Ibotirama com sintomas de pressão baixa. Ao falar novamente à polícia sobre o caso, confessou.

O menino foi internado na madrugada do domingo, após ter vomitado e reclamado de dores na barriga. Exames de raio-X detectaram quase 50 agulhas de costura, cada uma com 4,5 centímetros, em diferentes partes de seu corpo.

Ao menos uma das agulhas perfurou um dos pulmões da criança --um dreno foi inserido para evitar mais danos.

A equipe médica avaliava a possibilidade de realização de cirurgia para retirada das agulhas.

Como algumas delas estão posicionadas em órgãos vitais, pode ser menos arriscados deixá-las onde estão --se não causarem mais danos-- do que retirá-las cirurgicamente. Isso ainda está sendo avaliado.

Ainda segundo o hospital, a criança está consciente e diz que quer ir para casa. O pai e a mãe estão se alternando para acompanhá-la. Quando questionada sobre quem colocou as agulhas nela, a criança não responde e apenas chora.





Fonte: Agência Folha

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