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Internacional
Quarta - 16 de Dezembro de 2009 às 13:32

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O pai de Massimo Tartaglia --o homem que atirou um objeto de metal contra o rosto do premiê italiano, Silvio Berlusconi -- disse temer que o filho, que possui problemas mentais, se suicide na prisão, para onde foi encaminhado no último domingo (13).

"Ele não pode ficar na cadeia, não pode ficar com os outros presos. Tenho medo de um gesto imprudente", lamentou Alessandro Tartaglia em um programa da emissora italiana Raiuno.

"Quando minha mulher viu seus olhos [do filho] na televisão, percebeu que ele estava em uma das suas crises", acrescentou o pai do agressor.

No domingo, Tartaglia se aproximou de Berlusconi após um comício em Milão e arremessou contra seu rosto uma miniatura do Duomo (catedral) da cidade. O premiê foi levado imediatamente ao hospital, onde constatou-se uma fratura no septo nasal, além de dois dentes quebrados e um corte no lábio.

"Espero que [Berlusconi] o perdoe, mas temo que desta vez não o faça, porque é a segunda vez que o atacam", explicou Alessandro.

Em dezembro de 2004, o premiê italiano foi atingido por uma máquina fotográfica em Roma, quando exercia seu segundo mandato. Na ocasião, o agressor, Roberto Dal Bosco, declarou ter cometido o ataque por "ódio".

Algum tempo depois, ele enviou uma carta a Berlusconi pedindo desculpas. Tartaglia também já enviou uma carta ao primeiro-ministro com o mesmo pedido.

Hostilidade

Ainda na entrevista, Alessandro lamentou o isolamento da família Tartaglia após a agressão.

"Temos tido pouquíssima solidariedade das pessoas, enquanto tanta gente nos ofende e nos injuria. Não desejo a nenhuma família o que está nos acontecendo", disse.

O pai também refutou as informações divulgadas pela imprensa de que Massimo tinha acesso a um vasto material impresso sobre o premiê italiano.

"Em casa nunca tivemos revistas sobre Berlusconi", afirmou. "Meu filho é simplesmente doente. Ele não odeia Berlusconi e precisa ser curado. Nós sempre tentamos protegê-lo", completou.

A prisão cautelar de Massimo --que responde a processo por crime de lesão corporal qualificada-- foi ratificada hoje pela juíza Cristina Di Censo, responsável pelo caso.

Ele permanecerá no presídio San Vittore, com acompanhamento psiquiátrico contínuo, ao menos até a conclusão das investigações.





Fonte: Ansa

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