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Polícia Brasil
Terça - 15 de Dezembro de 2009 às 09:37
Por: Raquel Ferreira

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou liberdade ao ex-segurança Valdenor de Moraes, acusado, juntamente com outros 3 colegas de trabalho, de espancar até a morte o vendedor ambulante Reginaldo Donnan dos Santos Queiroz, 31, dentro do Shopping Goiabeiras. Ele foi o único a entrar com o pedido de Habeas Corpus (HC) no STJ, no dia 5 de dezembro e teve o pedido negado liminarmente ontem pela ministra da 6º turma, Maria Thereza de Assis Moura.

O advogado de Valdenor, José Krominski, explica que ainda não avaliou o teor da decisão do STJ e poderá definir novas estratégias somente após análise dos documentos. Ele explica que o HC não julga fatos isolados, se houve ou não o delito, mas sim o direito de responder o processo em liberdade ou não.

No entendimento do advogado, Valdenor possui uma situação diferenciada dos demais acusados do homicídio triplamente qualificado. Krominski destaca que seu cliente, em momento algum, agrediu Reginaldo. "Ele também não tinha o controle da situação em relação aos demais seguranças".

Segundo o inquérito que apurou a morte de Reginaldo, Valdenor estava dentro da sala de segurança durante a sessão de espancamento sofrida pela vítima. São apontados como agressores Ednaldo Rodrigues Belo e Jefferson Luiz Lima Medeiros, enquanto Jorge Dourado Neri cuidava da porta, impedindo que alguém entrasse na sala.

Belo, Valdenor e Jorge chegaram a confessar o crime e apontaram Medeiros como o mais agressivo e violento contra Reginaldo. Porém, eles voltaram atrás durante depoimento à juíza Maria Aparecida Ferreira Fago, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, que deve decidir ainda este ano se os acusados vão a júri popular pelo crime cometido em 29 de setembro.

Medeiros sempre se considerou inocente e afirmou ter tratado a vítima como uma "criança", praticamente carregando-a para preservar a sua integridade física. Porém, as imagens do circuito interno de segurança do Shopping mostram Reginaldo entrando no local andando e algumas horas depois é retirado dentro de um contêiner de lixo praticamente desfalecido, morrendo 2 dias depois no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá.





Fonte: A Gazeta

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