Plantio da soja chega ao fim em MT
Com praticamente 100% da área estimada à sojicultura semeada, em Mato Grosso, as atenções se voltam para os possíveis efeitos das chuvas em abundância sobre as lavouras, pois o atual estágio de desenvolvimento se revela mais suscetível às doenças e pragas.
Como aponta o boletim semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado ontem, ainda não é possível avaliar os impactos da intensidade das precipitações. Existem até o momento apenas relatos de produtores que tiveram problemas pontuais para realizar as aplicações de fungicidas nas plantas. Em Sapezal (460 quilômetros ao noroeste de Cuiabá), por exemplo, até o dia 13, choveu 80% do volume esperado para todo mês de dezembro, conforme a Somar Meteorologia.
O boletim mostra que o Centro-Sul do Estado registra focos da ferrugem asiática, principalmente na região de Deciolândia. Já No oeste e sudeste, com altos índices pluviométricos, há atenção maior do produtor em evitar a explosão da doença e já no nordeste, última região a concluir a semeadura, as plantas ainda não atingiram estágio onde há maior suscetibilidade.
Como o Diário noticiou na semana passada, o clima quente e úmido desta época do ano, fez os focos da doença ferrugem asiática surgirem cerca de 30 dias antes do esperado. Em pouco menos de 15 dias, os casos da doença em lavouras comerciais triplicaram, passando de quatro para 14.
O plantio atingiu no dia 10 de dezembro, 99,90% da área estimada em 5,94 milhões hectares. Em igual período do ano passado a semeadura cobria 99,80%, em uma superfície 4,3% menor do que a projetada para a safra 09/10 pelo Imea.
ALGODÃO – Pelo boletim do Imea, as primeiras áreas da safra 09/10 de algodão já estão sendo estabelecidas em Mato Grosso, maior produtor nacional da fibra. Diante do fim do vazio sanitário, os cotonicultores das principais regiões produtoras já deram a largada na busca por mais uma safra. O número ainda é pouco representativo, perante a área total do Estado, isto porque, além do maior percentual da área ser de 2ª safra, ou seja, implantada após a colheita da soja, o excesso de chuva tem atrasado o plantio. Todavia, para as próximas semanas a expectativa é que haja um aumento dos trabalhos no campo, por sinal, se as condições climáticas e as cotações da pluma continuarem propícias, poderemos inclusive ter uma manutenção da área plantada, superando a última estimativa do próprio Imea. (MP)
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