PF indicia vice-governador de Santa Catarina por sonegação fiscal
A PF não revela nomes de envolvidos porque a investigação está sob segredo de Justiça. O inquérito foi enviado ao Ministério Público na quinta-feira.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, também foram denunciados quatro servidores públicos e dois empresários.
O procurador-geral de Justiça do Estado, Gercino Gomes Neto, pretende anunciar hoje se vai ou não denunciar Pavan e os outros indiciados à Justiça.
Os crimes investigados na Operação Transparência foram os de corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional e advocacia administrativa.
A PF informou que um dos servidores --sem descartar o nome de Pavan-- é acusado de ter recebido R$ 100 mil de empresários que tentavam recuperar, na Secretaria de Fazenda, a inscrição fiscal de uma distribuidora de combustíveis cancelada por sonegação.
A Arrows Petróleo do Brasil, dos empresários Eugênio Rosa da Silva e Marcos Pegoraro, tinha uma dívida de R$ 12 milhões com o fisco. O processo de recuperação da inscrição ainda tramita na Fazenda.
Pavan deve assumir o governo do Estado em janeiro, quando o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) deixará o cargo para disputar uma vaga no Senado. A assessoria de imprensa do governador afirmou que, segundo ele, o indiciamento e uma possível denúncia não irão interferir nos planos.
A defesa de Pavan nega as acusações e questiona a competência da PF para fazer a investigação. Os advogados de Marcos Pegoraro, Alexandre Neuber e Carlos Tapias também negaram as acusações. A defesa de Rosa da Silva não foi encontrada.
Comentários