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Educação/Vestibular
Segunda - 14 de Dezembro de 2009 às 01:52
Por: Ana Paula Bortoloni

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A exigência de documento com foto gerou fila, protestos, empura-empurra e impediu muitos candidatos de entrarem em sala de aula

Pais e candidatos ao vestibular 2010 do Instituto Federal do Mato Grosso (IFMT) querem o cancelamento da prova por terem sido impedidos de entrar nas salas de aula ontem pela manhã no campus de Cuiabá. Debaixo de chuva, houve empurra-empurra e confusão provocados por discussões sobre apresentação de documentos de identificação dos candidatos, que culminou com o arrombamento do cadeado do portão principal da instituição. Em seguida, eles conseguiram entrar no campus, mas nem todos fizeram as provas. Revoltados, registraram boletins de ocorrências contra a instituição. Hoje, os pais vão pedir providências ao Ministério Público Federal.

A prova para o preenchimento de mais de 2.400 vagas cursos Técnico Integrado, Técnico Subsequente e cursos de nível superior foi marcada para ter início às 8h. Contudo, ao chegarem no local uma hora antes, os candidatos depararam-se com um fiscal no portãozinho lateral, que solicitava documento de identificação oficial com foto, o que gerou grande fila. Quem não tinha foi impedido de entrar. A situação provocou revolta dos presentes, principalmente diante da preocupação dos estudantes em não conseguir entrar no local a tempo de fazer a prova. Por volta das 7h50 ainda tinha muita gente do lado de fora, conta a empresária Odete Borges dos Santos, 36, que levou o filho de 13 anos para prestar o vestibular. O menino foi um dos que não conseguiu entrar na sala de aula, mas a mãe garante que ele apresentou documento com foto: a carteira da escola e do transporte coletivo.

"As crianças estavam apavoradas, chorando e até com receio de serem mortas, pisoteadas pelas pessoas, isto sem falar que todos se encontravam tomando chuva na porta do colégio", diz trecho do B.O. coletivo que foi assinado por 15 vítimas. Uma das mães ouvidas informou que não havia segurança no local e que a Polícia Militar chegou por volta das 8h15 com cacetetes e spray de pimenta. Conforme Odete, enquanto os estudantes tentavam fazer a prova, o caderno de questões era distribuído para os que estavam nas salas de aula.

Outro lado - O reitor José Bispo descarta a possibilidade de cancelamento da prova e garante que apenas 40, dos cerca de 2.300 candidatos de Cuiabá, tiveram problema com a documentação. Ele nega falta de organização e adverte que a exigência do documento oficial com foto constava no edital e os pais deveriam ter ficado atentos.





Fonte: A Gazeta

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