Mensalão do DEM pagava até churrascos de Arruda
Documentos entregues à Polícia Federal pelo pivô do mensalão do DEM, Durval Barbosa, indicam que dinheiro público bancou despesas de uma casa usada pelo governador José Roberto Arruda (DEM-DF) na campanha eleitoral de 2006 e durante a transição de governo, informa reportagem de Hudson Corrêa e Andreza Matais, publicada nesta quinta-feira pela Folha.
Segundo a reportagem, um funcionário do governo do Distrito Federal, que atuava como uma mistura de caseiro e gerente da casa, cobria os gastos, que incluíam churrasqueiro, linguiça e coxinha de frango.
Barbosa disse que até R$ 7 milhões de dinheiro desviado da estatal do DF que presidia, a Codeplan, foram parar na casa. Cerca de R$ 400 mil estão discriminados em recibos e notas fiscais datadas de outubro a dezembro daquele ano.
A Folha informa que Barbosa guardou os documentos, que foram assinados pelo "caseiro" Tales Souza Ferreira. Ele ocupava cargo de confiança na Codeplan, então dirigida por Barbosa. Ferreira entrou na estatal como motorista. Depois, ganhou cargo de confiança de assessor com o segundo melhor salário da Codeplan: R$ 6.996.
Outro lado
A assessoria de Arruda informou que declarou os gastos eleitorais à Justiça e não conhece Ferreira. O "caseiro" não quis dar entrevistas. Após a revelação do mensalão, há duas semanas, pediu licença e só volta a trabalhar daqui a dez dias.
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