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Polícia Brasil
Quarta - 09 de Dezembro de 2009 às 08:54
Por: Ana Paula Bortoloni

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A quadrilha que assaltou a agência do Banco do Brasil de Paranatinga (373 km a sul de Cuiabá) utilizou armamento altamente pesado que só o Exército tem acesso. Em uma das caminhonetes abandonadas pelos assaltantes, perto de uma reserva indígena de Sapezal (480 km a noroeste), foram encontradas uma metralhadora alemã e uma pistola israelense, além de muitas munições 9 milímetros e 556 milímetros, de alto poder de fogo.

"Nem a Polícia Militar tem acesso a este armamento. É preciso da autorização do Exército", disse o comandante-geral da PM, coronel Antônio Benedito Campos Filho.

No total, a PM acredita que participaram do assalto ao Banco do Brasil 12 homens. Antes dessa agência, os assaltantes tentaram entrar no Bradesco. Também foram apreendidos 6 carregadores de metralhadoras e fuzis, um rádio comunicador e R$ 704 mil em dinheiro, embalados em plástico filme, divididos entre os 2 veículos. A Polícia Militar acredita que falta pouco para recuperar de todo o valor roubado do banco no dia 2 de dezembro, mas a agência ainda não informou o total do prejuízo. Pela estimativa da Polícia, restam cerca de R$ 30 mil a serem recuperados.

O material apreendido foi encontrado em 2 caminhonetes, uma F-250 e uma Hillux, que foram abandonadas pelos bandidos após troca de tiros com os policiais. Depois do confronto, 3 assaltantes conseguiram fugir e se esconderam na mata, enquanto José Antônio Ferreira, 36, foi preso. Levado para a Penitenciária Central do Estado (antigo Pascoal Ramos), ainda não há informações se ele tem passagens pela Polícia.

Ferreira disse que é natural de Rondonópolis, mas mora em Vilhena (RO), o que leva a Polícia interpretar que os outros integrantes também sejam de fora de Mato Grosso. Contudo, as informações ainda serão checadas, já que a probabilidade de o acusado utilizar documentos falsos é alta. "Estas pessoas costumam ter 3 ou 4 documentos", afirma Campos Filho.

Além disso, Ferreira aparenta ter mais idade do que a apontada pelo documento de identidade.

Após o assalto, todas as fronteiras de Mato Grosso foram fechadas. Além de Rondônia, Campos Filho afirma que há suspeitas de que a quadrilha seja formada por pessoas de Goiás, Tocantins e Minas Gerais, o que justificaria a entrada de armamento pesado. Para a prisão de Ferreira, a PM contou com o apoio de índios e a quantidade de homens atuando na operação foi reforçada. A expectativa é de que com a detenção do acusado ficará mais fácil localizar os comparsas. Ferreira foi trazido ontem pela manhã para Cuiabá no helicóptero da Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).





Fonte: A Gazeta

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