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Cidades/Geral
Quarta - 09 de Dezembro de 2009 às 05:05
Por: Caroline Rodrigues

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Sinop confirma situação crítica e pode decretar situação de emergência devido aumento das notificações, além de 8 óbitos registrados

Doze municípios de Mato Grosso estão em situação de epidemia de dengue, segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Além deles, outros 12 estão em alerta porque registraram mais de 500 notificações este ano. O momento crítico que vivem as cidades foi confirmado pelo secretário de Saúde de Sinop (500 km ao norte de Cuiabá), Alberto Kinoshita. Ele assegura que o município passa por uma epidemia, já que as notificações estão espalhadas por toda área e já foram registradas 8 mortes pela doença este ano, sendo que uma está sob investigação. O prefeito Joarez Costa cogita a possibilidade de decretar estado de emergência, pois mesmo tendo dinheiro para as ações de enfrentamento nos cofres públicos, não pode mexer, pois o orçamento está fechado.

Ontem, professores e estudantes fizeram uma manifestação na Câmara de Vereadores exigindo ações para combater a doença.

Kinoshita diz que cerca de 20% dos atendimentos, nos postos de saúde e hospitais da cidade, são de pessoas que apresentam os sintomas da doença. Ele explica que nos casos de surto, as notificações estão isoladas em bairros ou áreas. Como em Sinop os registros são generalizados, trabalha-se com a situação de epidemia.

A superintendente de Vigilância em Saúde, da SES, Maria Conceição da Encarnação Villa, relata que foi montada uma sala de situação, onde representantes municipais são chamados para formular estratégias de combate aos criadouros. Hoje, estarão no espaço gestores de Barra do Garças, Alta Floresta, Sinop e Nova Ubiratã. Ela explica que a situação de epidemia é de acordo com a quantidade de notificações divididas pelo número de habitantes e que todo município com mais de 500 casos confirmados pode ser considerado em epidemia.

Este ano, entre os meses de abril e maio, houve o crescimento dos casos, devido ao aumento da chuvas. Como o período chuvoso começou agora, a tendência é que os próximos meses aconteça o crescimento das notificações.

Conceição fala que os números são conferidos diariamente para tentar controlar a proliferação da doença.

Investimento - O secretário de Sinop fala que 80% dos criadouros do mosquito estão nas calhas das casas, que estão entupidas. Com o aumento das chuvas, há o acúmulo de água e proliferação das larvas. Apenas 20% estão nos terrenos baldios e quintais.

Ele assegura que a população está sensibilizada, mas falta dinheiro para investir nas ações de educação e contratação de agentes de saúde. O município precisa também comprar equipamentos, como o fumacê. O aparelho foi emprestado para SES por alguns meses, mas Kinoshita alega que precisa da atuação constante do carro, que custa R$ 43 mil e faz aplicação de inseticida em 120 quadras por dia. Outro equipamento que precisa ser comprado são bombas costais.

Conforme o secretário, depois que for decretado estado de emergência, a administração pode usar o dinheiro que está na conta para fazer os investimentos necessários, bem como solicitar ajuda do Estado e da União.





Fonte: A Gazeta

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