Aprosoja defende lisura em negociações

Sobre o possível envolvimento e até mesmo conivência de produtores rurais, de soja e de milho, nas fraudes de notas fiscais que levaram à sonegação fiscal bilionária, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Glauber Silveira, defende que isso não ocorre no meio. Ele admite que talvez isso tenha acontecido no passado, quando os chamados "malas pretas" (corretores) eram muito comuns na comercialização dos produtos.

Mas atualmente, conforme o presidente, a venda de soja e milho é feita diretamente com a trading. Outro fator que vai impedir a sonegação fiscal no segmento é a implementação da nota fiscal eletrônica (NF-e), que passará a ser obrigatória a partir de 1º de janeiro de 2010.

"Essas manobras não acontecem no meio agrícola. Não que podemos responder por todos os produtores. Mas não temos conhecimento de operações desse tipo", diz Silveira ao completar que todas as vendas são registradas pelos produtores, que emitem nota fiscal.

Mas ao contrário do que diz o presidente da Aprosoja, a polícia afirma que possa haver envolvimento de produtores rurais e que isso poderá ser comprovado ou não com as investigações.(FR)