Comércio de motocicletas se mantém em baixa
O segmento de motocicletas ainda se mantém em baixa, mas em nível menos elevado que no restante do ano. Enquanto registrou quedas entre 20 a 30% nos meses anteriores, em novembro o segmento teve saldo negativo de 8,7%. Foram 4.382 motos emplacadas mês passado contra 4.802 em outubro. Já nos 11 meses de 2009 foram vendidas no estado 49.412 motos ante 63.126 indicando uma retração de 21,72% no mesmo período.
"Além do efeito IPI este segmento ainda enfrenta problemas como a concessão de crédito e aumento da oferta no mercado com a chegada de muitas marcas, mas vejo que o setor está encontrando um equilíbrio. Por isso não acredito nas quedas em 2010, mas sim na retomada do mercado", frisou Paulo Cesar Boscolo, presidente do Sincodiv-MT.
Indústria - Em nível nacional a indústria fabricante de motocicletas continua sofrendo os reflexos da crise econômica mundial. Segundo Paulo Takeuchi, vice-presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), a produção de 2009 deverá ser da ordem de 1,6 milhão de unidades registrando uma queda de 26% sobre as 2,1 milhões de motocicletas fabricadas em igual período de 2008.
Para Takeuchi, o comportamento do mercado de motocicletas em 2009 foi sem igual. "Os ponteiros apontam para números negativos em todos os sentidos: produção, vendas à rede, vendas ao público e as exportações são todas inferiores ao desempenho registrado em 2008".
Do total comercializado pela indústria durante o exercício de 2009, mais ou menos 1,6 milhão de unidades (previsão consumindo estoque nas fábricas) deverão ser fornecidas para o mercado interno, contra 2 milhões de unidades comercializadas de janeiro a dezembro de 2008. As vendas externas, segundo Takeuchi atingirão, quando muito 55 mil unidades, que será praticamente a metade do volume exportado no ano passado.
De acordo com o vice-presidente do Simefre, o setor observou que não existiu queda na intenção de compra de motocicletas neste ano de 2009. O que ocorreu foi uma restrição maior na concessão de financiamento aos interessados, com redução de prazos de pagamento e exigência de uma parcela de entrada maior do que era exigido antes de outubro de 2008. "Chegamos a ter mais de 50% de ociosidade nas fábricas em média. Alguns fabricantes ficaram semanas sem produzir".
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