Procura pelo Enem cresce em MT
Para a diretora executiva da Fundação Nova Chance, Mônica Rodrigues de Souza, o crescimento na procura pelo Enem deve-se ao progresso da educação no sistema penitenciário. "Isso acaba causando uma motivação nos presos que resolveram procurar as provas".
Na penitenciária feminina Ana Maria do Couto May, em 2008, apenas 8 presas fizeram as provas. Este ano, as inscrições subiram para 30 presidiárias. Na Major Eudes de Sá Corrêa (Penitenciária Mata Grande), em Rondonópolis, este ano, 18 presos farão o Enem, 10 a mais que os inscritos no ano passado.
Na Penitenciária Central do Estado, em 2008 nenhum preso se inscreveu no exame. Entretanto, a expectativa para este ano é que 13 estudantes prestem a prova. No entanto, nenhuma penitenciária superou a procura na Major Zuzi Alves da Silva, em Água Boa. Este ano 77 presos farão o Enem no município. Em 2008, nenhum se inscreveu.
O exame só poderá ocorrer aos detentos que se inscreveram e mantém programas especiais de Ensino Médio. Em Mato Grosso, a responsável é a Fundação Nova Chance, entidade vinculada à Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
As provas são realizadas no próprio presídio. No dia 5 de janeiro, serão aplicadas as de ciências da natureza e suas tecnologias, e ciências humanas e suas tecnologias. No dia 6, as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, além da redação.
No Centro de Ressocialização de Cuiabá (antigo Carumbé) e nas demais penitenciárias do interior do Estado não houve apresentação dos números por falta de levantamento da informação pela direção das unidades. Caso o preso conquiste nota no Enem suficiente para se inscrever em uma universidade, ele ainda precisará de autorização judicial para prestar o curso.
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