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Educação/Vestibular
Terça - 08 de Dezembro de 2009 às 07:15
Por: Fernando Duarte

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Presos aumentaram a procura pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Mato Grosso. Enquanto no ano passado não houve inscrição em algumas penitenciárias, em 2009 ocorreu um aumento, principalmente na Penitenciária Major Zuzi Alves da Silva, em Água Boa, e na Penitenciária Central do Estado (antigo Pascoal Ramos). Os presos farão as provas nos dias 5 e 6 de janeiro de 2010.

Para a diretora executiva da Fundação Nova Chance, Mônica Rodrigues de Souza, o crescimento na procura pelo Enem deve-se ao progresso da educação no sistema penitenciário. "Isso acaba causando uma motivação nos presos que resolveram procurar as provas".

Na penitenciária feminina Ana Maria do Couto May, em 2008, apenas 8 presas fizeram as provas. Este ano, as inscrições subiram para 30 presidiárias. Na Major Eudes de Sá Corrêa (Penitenciária Mata Grande), em Rondonópolis, este ano, 18 presos farão o Enem, 10 a mais que os inscritos no ano passado.

Na Penitenciária Central do Estado, em 2008 nenhum preso se inscreveu no exame. Entretanto, a expectativa para este ano é que 13 estudantes prestem a prova. No entanto, nenhuma penitenciária superou a procura na Major Zuzi Alves da Silva, em Água Boa. Este ano 77 presos farão o Enem no município. Em 2008, nenhum se inscreveu.

O exame só poderá ocorrer aos detentos que se inscreveram e mantém programas especiais de Ensino Médio. Em Mato Grosso, a responsável é a Fundação Nova Chance, entidade vinculada à Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

As provas são realizadas no próprio presídio. No dia 5 de janeiro, serão aplicadas as de ciências da natureza e suas tecnologias, e ciências humanas e suas tecnologias. No dia 6, as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, além da redação.

No Centro de Ressocialização de Cuiabá (antigo Carumbé) e nas demais penitenciárias do interior do Estado não houve apresentação dos números por falta de levantamento da informação pela direção das unidades. Caso o preso conquiste nota no Enem suficiente para se inscrever em uma universidade, ele ainda precisará de autorização judicial para prestar o curso.





Fonte: Especial para A Gazeta

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