Quadrilha presa por fraudar vistos para os EUA agia em MT
A empresa WorkUsa Ltda, responsável por um dos maiores casos de fraude de vistos da história dos Estados Unidos da América, tem filial em Cuiabá, onde foram cumpridos 2 mandados de busca e apreensão durante a operação internacional Anarquia, que desmantelou uma quadrilha que fez mais de 4,5 mil vítimas em todo o Brasil. Na Capital mato-grossense, policiais ainda tentaram localizar ainda 3, dos 18 acusados, mas eles não foram encontrados no Estado.
A operação foi realizada em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, com a prisão de 11 pessoas. Outros 7 acusados estão foragidos. (Ver box)
Paralelo aos serviços da polícia brasileira, nos EUA foram realizadas buscas por provas. Os detidos são acusados de formação de quadrilha e estelionato. Também há indícios de lavagem de dinheiro.
O esquema de fraude prometia aos clientes a colocação no mercado de trabalho americano mediante o pagamento de até US$ 15 mil. A estimativa é que o grupo tenha arrecadado R$ 90 milhões em 7 anos. O Consulado dos EUA em São Paulo, que detectou a fraude, ainda não sabe precisar quantos mato-grossenses foram atingidos pelo golpe, mas garante que há vítimas em todos os estados do país.
Em Cuiabá, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos no bairro Coophema. O cumprimento das ordens judiciais em Mato Grosso foi realizado por 12 policiais militares do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), em companhia do assistente do diretor de segurança do Consulado Americano de São Paulo, Lélio Henrique Moreira Gama. Além da busca e apreensão, nas casas a Polícia tentava encontrar ainda os acusados Márcio de Castro Ferreira, Eliot Lee Ferreira e Sean Michael Michele. Os 2 primeiros foram presos em Uberlândia, enquanto que Michele está foragido e deve ser preso na Flórida, onde também é realizada a operação.
Segundo o coordenador do Gaeco em Mato Grosso, procurador de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado, os 3 procurados em Cuiabá passavam constantemente pela Capital. As 2 casas, onde ocorreram as buscas, estavam em nome dos irmãos de Márcio, Mário de Castro Ferreira e Mauro de Castro Ferreira. Eles afirmaram ao Gaeco/MT que emprestaram seus nomes ao irmão para a constituição da WorkUsa, mas desconheciam que as atividades exercidas eram ilegais. O procurador Paulo Prado afirma que em uma das residências foram apreendidos computadores e vários documentos, entre eles a cópia de um contrato social da empresa WorkUsa Ltda, que funcionava na avenida Barão de Melgaço, em Cuiabá. A empresa promovia o recrutamento de pessoas de Mato Grosso para os Estados Unidos.
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