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Agronegócios
Quarta - 02 de Dezembro de 2009 às 15:00

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Destinar ao produtor rural que zelar pela manutenção da cobertura florestal em sua propriedade, parte dos recursos da compensação ambiental criada pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. A proposta, de autoria do senador Gilberto Goellner (DEM/MT), foi aprovada nesta terça-feira (1) em reunião promovida pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal.

De acordo com o projeto – PLS 483/2009, proprietários rurais com áreas vizinhas às unidades de conservação, que mantiverem cobertura florestal, especialmente em torno de nascentes e ao longo de cursos d'água, terão direito a receber compensação financeira. O benefício também é previsto para agricultores que conservarem a qualidade do solo, impedindo os processos erosivos.

Segundo Goellner, o projeto prevê compensação remuneratória para que o produtor preserve a mata de sua propriedade. Porém, destacou que os agricultores já fazem isso sem receber. “Os agricultores não são vilões, são conservadores. Além disso, é importante reconhecer que os proprietários rurais, ao manterem a cobertura arbórea em suas propriedades, contribuem para a qualidade dos recursos hídricos vitais para a própria agricultura, para o abastecimento humano e para a geração de energia”, ressaltou o autor do projeto.

A matéria segue agora para análise da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e fiscalização e Controle (CMA), em decisão terminativa.

Trabalho rural

A CRA também aprovou requerimento do senador Osmar Dias (PDT/PR), que solicitou pedido de audiência pública para debater o Projeto de Lei do Senado – PLS 458/2009, de autoria do senador Gilberto, que institui normas reguladoras do trabalho rural, visando a sua adequação e modernização.

Goellner ressaltou que o objetivo é assegurar a melhoria da qualidade de vida do trabalhador rural e de sua família, bem como possibilitar a plena regularização dos contratos de trabalho rural e a eliminação dos conflitos decorrentes da indiscriminada extensão da legislação trabalhista do setor.

Para o senador, o projeto possui propostas fundamentadas na experiência das assessorias dos empreendedores rurais de Mato Grosso e, em especial, nas práticas de auditoria e monitoramento das relações trabalhistas e de segurança do trabalho realizadas pelo Instituto Algodão Social. “Em nenhum momento pretende-se flexibilizar, precarizar, desregulamentar, reduzir direitos ou postos de trabalho. A intenção é dar dinamismo ao setor primário, para que mais empregos e oportunidades possam ser criados", explicou Goellner.

A data da audiência pública bem como os convidados para debater o assunto ainda não foram definidos pela CRA.




Fonte: Da Assessoria

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