Brasil não deve entrar na Opep, diz presidente da Petrobras
"O governo brasileiro tem estimulado fortemente a capacidade de refino no país. Quanto mais você desenvolve a capacidade de refino, menos petróleo cru você exportará. Portanto, não acredito que seja de interesse brasileiro entrar na Opep e ser um exportador de petróleo cru", disse Gabrielli durante seminário sobre o pré-sal na USP (Universidade de São Paulo).
Na ocasião da descoberta das reservas do pré-sal, vários países membros da Opep cogitaram a entrada do Brasil na associação quando ele começasse a operar efetivamente essas reservas. Porém, o governo brasileiro nunca tomou uma decisão oficial a respeito disso.
Gabrielli também falou sobre a tramitação no Congresso dos quatro projetos que compõem o marco regulatório do pré-sal. Segundo ele, a expectativa é que os projetos deverão estar totalmente aprovados no primeiro trimestre do próximo ano, e, a partir daí, começarão os procedimentos para a capitalização da Petrobras --um dos quatro projetos do marco se refere a esse tema.
"A nossa expectativa é que a votação final acabe em torno do primeiro trimestre, de tal maneira que o processo de capitalização e cessão onerosa ocorra ainda no primeiro semestre", explicou. O presidente da Petrobras disse ainda não crer que esse cronograma sofra algum atraso significativo por conta de questões eleitorais dentro do Congresso, já que em 2010 haverá eleições.
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