Nokia planeja celular Linux e não venderá fábricas
A Nokia planeja vender apenas um novo modelo de celular inteligente com sistema Linux no ano que vem, informou uma fonte à Reuters nesta segunda-feira (30), o que reduz as perspectivas de uma reformulação rápida na linha de produtos da companhia finlandesa.
Um porta-voz afirmou que a maior fabricante mundial de celulares não tem planos de vender fábricas, esclarecendo comentários anteriores de um executivo, em preparação para a atualização de estratégia que a Nokia divulgará na quarta-feira.
Anssi Vanjoki, vice-presidente de marketing da Nokia, disse à revista alemã "Wirtschaftswoche" que a empresa, que enfrenta queda nos preços dos celulares e concorrência intensificada no segmento de modelos mais sofisticados, não descartava a possibilidade de vender sua divisão central, a de fabricação de celulares.
O sistema operacional Linux Maemo é considerado essencial para a Nokia na disputa com o iPhone da Apple, e muitos analistas e participantes do setor esperavam o lançamento de numerosos modelos equipados com o Linux no ano que vem.
A Nokia começou a vender seu primeiro modelo equipado com o Linux, o N900, que ocupa o topo de sua linha, este mês.
O plano para um único modelo equipado com o Linux também atenuou os rumores de que a empresa pretendia substituir o sistema operacional Symbian em toda a sua linha de produtos.
"Mantemos nosso firme compromisso para com o Symbian como plataforma Nokia para celulares inteligentes", disse outro porta-voz da empresa, acrescentando que a companhia não comentará planos sobre futuros produtos.
A Nokia vai realizar uma reunião para analistas e investidores na quarta-feira, um evento no qual ela tradicionalmente delineia e atualiza sua estratégia para o ano seguinte.
A rival mais próxima da Nokia, a Samsung Electronics, melhorou sua projeção de venda de celulares em 2009, nesta segunda-feira, devido ao crescimento acelerado nos modelos com tela de toque. Apesar disso, analistas alertaram que a disparada nos volumes pode não garantir margens de lucro mais elevadas.
Comentários