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Cidades/Geral
Segunda - 30 de Novembro de 2009 às 08:38

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Docentes da Universidade de Mato Grosso (Unemat) denunciaram a inscrição no concurso público do Estado do coordenador da Divisão de Licitação e Pregão da instituição de ensino, Samuel Longo. Ele pode ter se beneficiado do fato de sua esposa, Tânia Ferreira de Souza Longo, ser membro da equipe de Coordenação de Provas da Covest, órgão responsável por exames vestibulares e concursos. Tal inscrição não poderia existir, segundo eles, porque desrespeita o que determina o artigo 4.15 do edital do Concurso Público. As provas foram anuladas.

Diz o edital: “Estão impedidos de participar deste concurso público os integrantes da Comissão de Central do Concurso Público Unificado, instituída pela Portaria Nº 31/2009/SAD, publicada em Diário Oficial do Estado em 21 de julho de 2009, e os funcionários da FUNEMAT, diretamente relacionados com a atividade de execução do concurso”. Longo pleiteava vaga para técnico instrumental do Governo.

Em documento, os docentes da Unemat condenam a postura do reitor Taisir Karim de sempre decidir de forma unilateral, o futuro e as ações que envolvem a instituição, principalmente, em relação à Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faesp). A fundação deveria estar desvinculada da instituição, por decisão do II Congresso Universitário, de dezembro de 2008.

“O fiasco do concurso público não depõe contra a universidade, revela sim a insustentabilidade de uma gestão incompetente, sem direção e autoritária que, por isso mesmo, conduziu o concurso da mesma forma como vem conduzindo a universidade” – observam os professores da Unemat.

A Associação dos Docentes lembra ainda que desde 2003 vem denunciando inclusive ao próprio governador Blairo Maggi, os desmandos praticados pela gestão da Unemat. “Nunca fomos verdadeiramente ouvidos. Agora, é a comunidade universitária da Unemat, quem está sofrendo as conseqüências da anti-democracia implantada pela Reitoria da instituição” - disse Otávio Ribeiro Chaves, presidente da Adunemat.

A Adunemat ainda mantém o alerta sobre a inatividade dos conselhos deliberativos da universidade, como o Conselho de Ensino e Pesquisa (Conepe) e o Conselho Universitário ( Consuni), e sobre a ausência de estatuto da instituição. Para a professora da universidade no campus de Sinop, Maria Ivonete de Souza, é de se causar estranheza, a forma como os encaminhamentos do II Congresso Universitário foram e se mantém ignorados pela Reitoria e também, pelo Governo do Estado. “Vivemos em um limbo jurídico, e isso é de uma total irresponsabilidade” – afirma.

“Nós, que somos parte da comunidade da UNEMAT, não de sua direção, representantes da sociedade organizada, não vamos aceitar que a responsabilidade sobre o vexame do concurso recaia sobre a Universidade. A responsabilidade é de quem, com o poder e dever de governar para todos, tratou a universidade como um “incômodo problema” e, sem políticas para o setor de ensino superior, preferiu “lavar as mãos” – explicita o documento dos professores. “Não aceitamos que a comunidade acadêmica inteira seja julgada a partir das práticas clientelistas e irresponsáveis de sua direção, práticas estas que temos combatido diuturnamente no interior da Universidade e fora dela”.





Fonte: 24 Horas News

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